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Tradição: amor, dinheiro ou paz? O que a cor da lingerie promete no Ano-Novo

Entenda como a escolha da peça íntima pode refletir desejos pessoais e a importância desse costume culturalmente enraizado

Lingerie na virada do ano: descubra o significado das cores e a tradição que segue forte no Brasil | Foto: Imagem de Freepik
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A escolha da cor da lingerie para a passagem do ano se tornou um dos rituais mais populares do Réveillon brasileiro. Muito além da tradicional roupa branca usada por fora, milhões de pessoas acreditam que a peça íntima usada à meia-noite pode influenciar desejos como amor, dinheiro, saúde e equilíbrio emocional ao longo do novo ano.

Cada cor carrega um significado simbólico:

  • Branco: paz e harmonia

  • Amarelo: prosperidade e dinheiro

  • Vermelho: paixão e energia

  • Rosa: amor e afetividade

  • Verde: saúde e renovação

  • Azul: tranquilidade

  • Roxo: espiritualidade e transformação

Origem espiritual da tradição

A origem do costume está ligada à influência das religiões de matriz africana, que popularizaram o uso do branco como símbolo de purificação e renovação espiritual na virada do ano.

Com o passar do tempo, essa simbologia foi sendo incorporada ao imaginário popular e transferida para as roupas íntimas, reforçando a ideia de que a energia do ano novo começa de dentro para fora. Assim, a lingerie passou a funcionar como um amuleto pessoal para o novo ciclo.

Tradição que vai além do Brasil

Apesar de fortemente associada ao Brasil, a tradição não é exclusiva do país. Em Itália e Espanha, por exemplo, o uso de lingerie vermelha no Ano-Novo é um costume antigo ligado à sorte e ao amor.

Em países da América do Sul, como Argentina, Chile e Peru, outras cores também são escolhidas conforme os desejos para o ano seguinte. O diferencial brasileiro está na variedade de significados atribuídos às cores e na forma como o ritual se popularizou culturalmente.

As cores mais escolhidas

Entre as preferidas do público brasileiro estão:

  • Branco: equilíbrio e harmonia

  • Amarelo: riqueza e sucesso financeiro

  • Vermelho: paixão e vitalidade

  • Rosa: amor e carinho

  • Verde: saúde e recomeço

  • Azul: serenidade

  • Roxo: espiritualidade e mudança interior

A escolha costuma refletir aquilo que cada pessoa deseja atrair para o novo ano.

Impacto no comércio

A força da tradição também aparece nos números. Todos os anos, o período que antecede o Réveillon registra um aumento significativo nas buscas e nas vendas de lingeries coloridas. Marcas e lojas investem em coleções especiais de fim de ano, mostrando como o ritual deixou de ser apenas uma superstição e passou a integrar o calendário comercial e o comportamento do consumidor brasileiro.

Quem prefere romper com o ritual

Mesmo com a tradição enraizada, algumas pessoas optam por romper com o costume. A influenciadora Karol Rosalin, conhecida como a “mulher fitness perfeita”, afirma que não usa lingerie na virada como um gesto simbólico de liberdade e desapego.

“Eu prefiro começar o ano sem lingerie porque me sinto mais livre. Para mim, a energia não está na cor da peça, mas na forma como eu entro no novo ciclo, sem amarras e sem expectativas externas”, afirma.

Segundo ela, o mais importante é estar confortável consigo mesma e mentalizar seus desejos, independentemente de rituais tradicionais.

Mais que superstição, intenção

A permanência da tradição das cores da lingerie mostra como o Réveillon segue sendo um momento de projeção, esperança e recomeço. Seja escolhendo uma cor específica ou abrindo mão do ritual, a virada continua representando um novo começo. No fim, mais do que a lingerie, o que atravessa o Ano-Novo é a intenção de quem a usa — ou decide não usar.

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