SEÇÕES

Fato Curioso

Seu destino diário para curiosidades fascinantes e inusitadas

Lista de Colunas

Nasa vai perder a corrida espacial? Próximo lançamento pode definir a disputa; entenda!

Engenheiros da Nasa estimam que a missão lunar poderá precisar de mais de 40 tanques de combustível, embora a SpaceX tenha dito que “será de aproximadamente 10”

Artemis III na Lua | Foto: NASA (arte gráfica)

Em Houston, no sul do estado do Texas (EUA), na noite desta segunda-feira (13) , a SpaceX planeja realizar o 11º voo de teste da Starship, com apoio da Nasa, numa tentativa de reabastecer uma espaçonave em órbita — medida considerada central para o retorno tripulado à Lua e que muitos classificam como indicativo de que a Nasa vem ficando para trás.

Essa aposta ousada ocorre em meio ao avanço chinês no espaço, com muitos apontando que os EUA correm risco de perder a liderança lunar se não cumprirem seus cronogramas.

O programa Artemis da Nasa prevê usar diversos lançamentos de tanques de combustível para reabastecimento orbital, ao invés da estratégia histórica de lançar uma única espaçonave grande.

Já nas missões Apollo, os foguetes Saturn V levavam tudo que era necessário de uma vez só.

Agora, o plano exige montagem complexa no espaço, manobras inéditas e risco elevado de falha.

Engenheiros da Nasa estimam que a missão lunar poderá precisar de mais de 40 tanques de combustível, embora a SpaceX tenha dito que “será de aproximadamente 10”.

Essa disparidade evidencia o grau de incerteza que paira sobre o projeto.

A Starship, apesar de projetada como o maior sistema de foguete já construído, ainda enfrenta problemas técnicos graves: partes do veículo falharam em seis dos dez voos anteriores, e um protótipo explodiu durante testes em solo.

Ainda não se sabe se o novo teste da segunda-feira será suficiente para demonstrar confiabilidade ou para responder se o modelo está pronto para missões tripuladas.

Um ex-funcionário da Nasa, sob condição de anonimato, afirmou que essa estimativa de “mais de 40 tanques” pode ser específica para a versão atual (V2) da Starship.

Dentro da agência, há vozes críticas e também defensores do plano, criando tensão interna sobre os rumos do projeto.

O ex-administrador Jim Bridenstine disse que “esse é um plano que nenhum administrador da Nasa de que eu tenha conhecimento teria selecionado se tivesse tido a escolha.”

“A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) quase certamente caminhará na Lua nos próximos cinco anos”, disse Bill Nye, reforçando a urgência que paira sobre os esforços norte-americanos.

Para Sean Duffy, administrador interino da Nasa, a motivação é clara: “Talvez eu seja competitivo. Fiquei com raiva disso … Vamos vencer os chineses na Lua.”

As críticas sobre a complexidade do programa Artemis continuam: opositores afirmam que o plano é tão desafiador que já parece estar “anos atrasado” em relação ao prazo pretendido.

Se a Nasa não conseguir demonstrar em breve que a Starship e o reabastecimento orbital são viáveis, poderá ver a China ostentar o título de primeiro país a colocar astronautas na Lua nesta nova era de exploração.

A corrida espacial parece estar mais acirrada do que nunca, e este teste da Starship pode marcar o momento decisivo para definir quem sai na frente: a Nasa com seus planos ambiciosos e repletos de riscos, ou a China, avançando com metas explícitas e ambições firmes.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
Tópicos
Carregue mais
Veja Também