A goleada por 6 a 0 sofrida pelo São Paulo diante do Fluminense, nesta quinta-feira, no Maracanã, pela 36ª rodada do Brasileirão, desencadeou um dos desabafos mais duros feitos por Luiz Gustavo desde que chegou ao clube. Aos 38 anos, o volante deixou o gramado visivelmente abalado e declarou que o momento exige mudanças profundas dentro da instituição.
Ainda na beira do campo, ele afirmou que o resultado não aconteceu por acaso e que o São Paulo precisa assumir a realidade que tem diante de si. Luiz Gustavo explicou que aprendeu a amar o clube, mas que chegou a hora de falar a verdade. Segundo ele, há situações que precisam ser encaradas por pessoas de diferentes níveis dentro do Tricolor, e não apenas pelos jogadores que, nas palavras do volante, “colocam a cara” no momento mais crítico da temporada.
O jogador reconheceu a responsabilidade do elenco pela atuação considerada desastrosa, mas pediu um plano claro para o futuro do clube. Ele afirmou que o São Paulo é muito maior do que qualquer um que esteja ali e que merece uma direção capaz de orientar o que se quer do início ao fim de uma temporada. Luiz Gustavo contou que ainda não sabe onde estará no próximo ano, mas garantiu que sairá de cabeça erguida, pedindo desculpas ao torcedor e reforçando que todos precisam assumir o peso da situação.
Em outro momento da entrevista, ele foi ainda mais direto ao dizer que não é apenas o vestiário que deve responder pelo mau momento. Para o volante, está na hora de todos dentro da hierarquia do clube assumirem responsabilidades, de cima a baixo, para que o São Paulo consiga voltar a ser grande no futebol brasileiro. Ele afirmou que não se trata apenas de cobrança esportiva, mas de uma necessidade institucional.
Luiz Gustavo disse que sua postura é sempre a de reconhecer erros, rever atitudes e buscar evolução. Ele lembrou que chegou ao São Paulo há dois anos e encontrou uma realidade que, segundo ele, já se arrasta há mais tempo. Para o volante, essa continuidade de problemas demonstra que há pessoas que precisam refletir sobre suas funções dentro do clube. Ele classificou o São Paulo como gigante, apaixonante e muito maior do que quem o representa no momento, mas reforçou que é urgente “colocar os pingos nos is” para que todos possam se desenvolver como se espera.