A partir de 14 de junho de 2025, estádios brasileiros com capacidade superior a 20 mil pessoas serão obrigados a adotar o reconhecimento facial como método de acesso. A medida faz parte da Lei Geral do Esporte, que entra em vigor nessa data e trará mudanças significativas na experiência dos torcedores.
Com a nova legislação, bilhetes impressos, cartões e senhas tradicionais deixarão de ser aceitos em arenas de grande porte. A entrada será autorizada exclusivamente por meio de biometria facial, previamente cadastrada em uma plataforma digital.
A identificação será feita nas catracas por meio de câmeras com reconhecimento facial em tempo real, agilizando a entrada, diminuindo filas e reforçando a segurança. Algumas das principais arenas do país ainda finalizam a instalação do sistema em todos os setores.
Velocidade na entrada de torcedores
Segundo Ricardo Cadar, CEO da Bepass, empresa responsável pelo sistema em grandes arenas, o tempo médio de acesso pode cair para apenas dois segundos por torcedor. A tecnologia já foi usada em estádios como Maracanã, Allianz Parque, MorumBIS, Neo Química Arena e outros, somando mais de 5 milhões de acessos em 212 partidas.
Fortalecimento da segurança
Além de agilizar o acesso, o reconhecimento facial também reforça a segurança ao ser integrado a bancos de dados públicos, permitindo identificar torcedores com pendências judiciais. Em parceria com a Secretaria de Segurança de SP, a tecnologia já resultou em 220 prisões em jogos do Palmeiras no Allianz Parque.
A medida também combate o cambismo e a falsificação, já que apenas o torcedor cadastrado poderá entrar no estádio. O cadastro deve ser feito previamente pelo celular, com uso da câmera frontal. A partir de junho, o uso será obrigatório para todos os torcedores.