A passagem de Willian Arão pelo Santos pode ter um fim. Anunciado como reforço experiente para liderar o meio-campo alvinegro, o volante de 33 anos soma apenas sete minutos em campo desde sua chegada, em 1º de julho. Desde então, convive com dores persistentes na panturrilha que o afastaram dos gramados e geraram um impasse dentro do clube.
Arão chegou ao CT Rei Pelé com um leve desconforto muscular, mas exames posteriores revelaram um edema. A expectativa era de retorno em pouco tempo, mas as dores não cessaram, impedindo o jogador de completar treinos e entrar em campo novamente. O departamento médico chegou a projetar sua volta contra o Atlético-MG, mas o volante foi vetado mais uma vez.
Nos bastidores, o clima é de tensão. Pessoas ligadas a Arão afirmam que o jogador se sente “mal avaliado” pelo departamento médico e, por isso, contratou um fisioterapeuta particular para dar continuidade ao tratamento. Internamente, parte dos profissionais questiona a postura do volante, já que exames recentes não identificam lesão ativa, enquanto o atleta continua a relatar “sensibilidade” muscular.
A lacuna deixada por Arão vem sendo preenchida por jogadores como João Schmidt, que ganhou espaço e ritmo nas últimas partidas. A expectativa que cercava a contratação do volante, projetado como referência técnica e de liderança, deu lugar à incerteza. Sem prazo para uma solução definitiva, o Santos vê uma aposta de peso virar dor de cabeça em meio à reta decisiva da temporada.