Em meio à delicada crise financeira que atinge o Botafogo, o empresário John Textor surpreendeu o mercado europeu ao fazer uma proposta de 200 milhões de euros, cerca de R$1,07 bilhão, para comprar o Wolverhampton, clube da Premier League. O movimento gerou estranhamento entre torcedores e analistas, já que o Alvinegro vive um momento de cortes de gastos e impasses internos, especialmente no pagamento da premiação referente ao Mundial de Clubes, ainda sem acordo entre elenco e diretoria.
Textor não pretende realizar a compra sozinho. O norte-americano conta com o apoio de um investidor ainda mantido em sigilo, interessado exclusivamente na aquisição do clube inglês. No entanto, essa parceria não tem relação com o Botafogo, que segue necessitando de aproximadamente R$350 milhões para manter as operações e investimentos previstos para o primeiro semestre de 2026.
A estratégia de Textor seria fortalecer o grupo Eagle Football, conglomerado que reúne suas participações no futebol mundial, ampliando sua presença no mercado inglês. Para ele, a aquisição de um clube na Premier League aumentaria o potencial de negócios e a capacidade de atrair jovens talentos, como ocorreu com Thiago Almada e Luiz Henrique em negociações anteriores. Mesmo assim, a proposta inicial foi recusada pelo Wolverhampton, segundo fontes próximas às negociações.
Enquanto mira novos negócios no exterior, Textor enfrenta um cenário bem diferente no Brasil. O Botafogo tenta equilibrar as contas com a chegada de novos patrocinadores, buscando gerar receitas para encerrar o ano sem déficit. O empresário afirma que não pode injetar recursos no clube devido ao impasse judicial com o fundo Ares, que bloqueou recentemente um pedido de empréstimo de 100 milhões de euros aprovado por ele em julho.