A Conmebol confirmou nesta sexta-feira (10) que o estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai, será o palco da grande final da Copa Sul-Americana 2025. O duelo, marcado para o dia 22 de novembro (sábado), colocará o Atlético-MG diante de Universidad de Chile ou Lanús, que ainda disputam a outra semifinal. A entidade ainda não definiu o horário oficial da partida.
A decisão sobre o local foi tomada logo após o Galo garantir a vaga inédita na final, ao eliminar o Independiente del Valle, do Equador. Essa é a primeira vez que o clube mineiro chega à decisão do torneio continental e, com isso, busca conquistar o único título internacional que ainda falta em sua galeria.
Velhas lembranças
O estádio Defensores del Chaco traz boas e más lembranças para os atleticanos. Foi lá que o clube disputou o primeiro jogo da final da Copa Libertadores de 2013, quando perdeu por 2 a 0 para o Olimpia. No entanto, a história teve final feliz: o Galo reverteu a desvantagem no Mineirão e conquistou o título continental de forma épica. Agora, o local volta a entrar na história do time, que tenta escrever um novo capítulo de glória fora do país.
A final única da Sul-Americana, adotada desde 2019, transforma o evento em um dos mais aguardados do calendário da Conmebol. A escolha de Assunção também segue a tradição de alternar sedes entre países da América do Sul, buscando aproximar as torcidas e valorizar o ambiente de decisão.
Caminho brasileiro
Com o Atlético-MG na final, o Brasil volta a ter um representante na decisão da Sul-Americana, em 2024, o Cruzeiro foi derrotado pelo Racing por 3 a 1. Desde a adoção do formato de jogo único, os clubes brasileiros têm sido presença constante nas decisões. O Galo tenta se tornar o quinto brasileiro campeão, juntando-se a Athletico-PR (2021 e 2018), Chapecoense (2016), São Paulo (2012) e Internacional (2008).
A presença do time mineiro reforça o domínio recente do futebol brasileiro nas competições continentais. Nos últimos sete anos, clubes do país disputaram quatro finais de Libertadores e três de Sul-Americana, consolidando a força técnica e financeira do país no cenário sul-americano.
O que está em jogo
Além do prestígio e da taça inédita, o título da Sul-Americana garante uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2026 e um prêmio milionário. O campeão levará US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 36,9 milhões), enquanto o vice ficará com US$ 2 milhões (aproximadamente R$ 11,3 milhões). Somando todas as fases, o Galo já arrecadou mais de R$ 20 milhões em premiações até o momento.
A campanha sólida do Atlético-MG, marcada por vitórias consistentes e atuações seguras fora de casa, fez o time chegar com moral à decisão. O técnico Gabriel Milito busca coroar seu trabalho no clube com um título internacional e colocar o nome do Galo entre os grandes campeões do continente.
Expectativa em alta
A torcida atleticana já começa a se mobilizar para invadir Assunção em novembro. O clima de confiança é evidente, e o clube prepara uma operação especial de logística e segurança para os torcedores que desejam acompanhar a final de perto. Se conquistar a taça, o Atlético-MG não apenas encerra um jejum de títulos internacionais de mais de uma década, mas também reforça sua presença definitiva entre as potências do futebol sul-americano.