O sorteio dos grupos da Copa do Mundo realizado nesta sexta-feira (5) serviu como um primeiro esquenta do clima que deve tomar conta do país nos próximos meses. A competição será realizada entre 11 de junho e 19 de julho de 2026, nos Estados Unidos, Canadá e México.
Calendário da Seleção Brasileira
O calendário da seleção brasileira já está definido. A estreia acontece contra Marrocos, em um sábado, e as partidas seguintes caem em dias úteis.
🟩 Jogos do Brasil na fase de grupos
1ª rodada: Brasil x Marrocos — 13 de junho (sábado)
2ª rodada: Brasil x Haiti — 19 de junho (quinta-feira)
3ª rodada: Brasil x Escócia — 24 de junho (quarta-feira)
Se o Brasil avançar, o cenário pode se repetir, trazendo mais partidas em dias de trabalho.
Como ficam os trabalhadores?
A confirmação do calendário reacende um movimento comum a cada Copa: trabalhadores se organizam para conciliar a rotina profissional com a paixão pelo futebol. No Brasil, muitas empresas flexibilizam a jornada, mas isso não é obrigação legal.
É feriado?
Não. Dia de jogo da seleção não é feriado. A legislação não prevê exceções para a Copa do Mundo, e a jornada regular de trabalho continua valendo. A liberação de funcionários depende exclusivamente da decisão da empresa.
Liberação sem desconto
Quando a empresa decide liberar os funcionários sem desconto, a folga é considerada remunerada. Essa prática é comum em anos de Copa e não exige acordo coletivo, bastando que a regra seja clara. Muitas empresas suspendem o expediente apenas durante o jogo, exigindo organização interna para não prejudicar o fluxo de atividades.
Compensação de horas
O advogado Marcel Zangiácomo explica que a compensação pode ser exigida quando a empresa opta por liberar os funcionários durante o horário de expediente.
A compensação deve obedecer aos limites legais:
Não pode ultrapassar duas horas extras por dia
O acordo precisa ser claro
A compensação pode ocorrer em até um ano, conforme o tipo de acordo (individual verbal, individual, escrito ou coletivo)
Faltas injustificadas
Faltar ao trabalho apenas para assistir ao jogo, sem avisar ou negociar, é considerado falta injustificada. Consequências possíveis:
Desconto das horas
Perda do descanso semanal remunerado
Advertências ou suspensões em caso de reincidência
Mesmo assim, os especialistas destacam que não configura justa causa.
Setores essenciais e trabalho por escala
Para quem trabalha em setores essenciais — como saúde, transporte, segurança e atendimento ao público — as regras são ainda mais rígidas.
Nesses casos:
A empresa não pode comprometer atividades essenciais
Supervisores avaliam caso a caso
Acordos individuais são mais comuns
É fundamental que o trabalhador se planeje com antecedência
Assistir ao jogo sem autorização, mesmo dentro do local de trabalho, pode ser visto como indisciplina.
Diálogo é a chave
Sem uma regra única, negociação é o melhor caminho. Registrar acordos evita conflitos e traz segurança jurídica para ambos os lados.
(Com informações do g1)