Corinthians diz já ter garantias para construção de estádio em SP

O dirigente deixou claro que o detalhamento dos itens para atendimento às exigências da Fifa ocorre simultaneamente com as negociações

Imagens do projeto do estádio do Corinthians | Divulgação
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O diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, disse nesta sexta-feira (8) que o clube vai apresentar na próxima semana as garantias financeiras exigidas para que a Fifa confirme a abertura do evento no estádio em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. O prazo para apresentação dessas garantias vence na segunda-feira (11). "O que precisaria negociar para estar com os pedidos da Fifa atendidos até terça ou quarta, está sendo executado", disse Rosenberg. Ele admite que pode haver adiamento da data ou a entrega de documentos no prazo, com a possibilidade de complementação, mais tarde, do atendimento a algumas exigências.

"Não vai ser nenhum desastre se eu ligar para Fifa e dizer : "não vai ser dia 11, vai ser dia 12". Ou dizer: "está tudo aqui", no dia 11, "mas está faltando um documento". Não tenha a menor dúvida de que a abertura vai ser no estádio de Itaquera", afirmou Rosenberg. "As coisas estão bem no final. Está muito legal, muito tranquilo, sem sobressaltos", afirmou.

O dirigente deixou claro que o detalhamento dos itens para atendimento às exigências da Fifa ocorre simultaneamente com as negociações. De acordo com ele, uma equipe trabalha no detalhamento do cronograma físico-financeiro da obra. Outra trabalha para detalhar a mudança do padrão do estádio de 45 mil para 65 mil lugares.

"Quero mostrar para eles (Fifa) como fica a situação de coloca-e-tira as arquibancadas. Também nisso a gente tem um pessoal trabalhando." Segundo Rosenberg, na próxima semana chega ao Brasil uma missão da empresa que faz o cálculo estrutural do teto do estádio. "São reuniões que vamos ter segunda, terça, talvez até quarta. Isso é um elemento importante para definir o custo do estádio", afirmou.

Preço

O Corinthians ainda negocia com a construtora Odebrecht o valor do estádio para 65 mil pessoas exigido pela Fifa. Rosenberg afirmou que o contrato deve girar em torno de R$ 650 milhões a R$ 700 milhões", mas deixou claro que, como busca um preço fixo, estuda a possibilidade de incluir no preço a inflação estimada até a conclusão da obra.

"Com a inflação embutida até a conclusão, deve ficar perto de R$ 830 milhões a R$ 850 milhões, dependendo da taxa de inflação que se vai querer embutir", afirmou. Procurada pelo G1, a Odebrecht informou na noite desta sexta-feira que o valor e a estrutura financeira do empreendimento estão sendo discutidos.

Parte do dinheiro para construção do estádio deve ser garantida por meio da emissão de R$ 420 milhões em Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs) emitidos pela Prefeitura de São Paulo, que o Corinthians e a Odebrecht poderão vender no mercado. Esses certificados, comprados por preço menor do que o valor de face, poderão ser utilizados por investidores para quitar dívidas em impostos municipais. A lei que trata dos CIDs foi aprovada na Câmara Municipal, mas até sexta-feira à noite ainda aguardava sanção do prefeito Gilberto Kassab.

Outra parte do dinheiro será proveniente de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada à construção de arenas. Segundo Rosenberg, o BNDES garante o empréstimo, mas a estrutura da operação exige que um banco estatal ou privado entre como repassador dos recursos. Para fazer o serviço, os bancos cobram taxa de administração. O Corinthians e a Odebrecht selecionam a opção mais em conta.

"Estamos pesquisando o mercado, estamos conversando. São R$ 700 milhões. O custo de administração de uma operação dessas é de 1%, R$ 7 milhões. Se eu conseguir diminuir pela metade, são R$ 3,5 milhões ao longo do processo todo. Estamos negociando."

Rosenberg afirma que dentro de dez dias deve ter a definição de todos os aspectos envolvidos na negociação. Ele deixa claro que a assinatura dos contratos deve demandar tempo mais longo, de quatro meses. No entanto, garante que isso em nada afeta a construção do estádio.

"Eu acho que não levo dez dias para ter todo o esquema amarrado. Isso quer dizer que terei contrato com o banco assinado e com BNDES? Esquece. Entre a gente acertar o esquema de financiamento até ter a liberação de recursos e todos os contratos detalhados, assinados, etc, é coisa de no mínimo mais quatro meses. No entanto, isso não prejudica em nada a obra, que está sendo tocada a todo vapor. Desvinculamos a liberação do recurso do cronograma físico. Em dez dias teremos todo o arranjo financeiro definido e as bases de um contrato entre Corinthians e Odebrecht. A partir daí, vou ter todo o ritual de passar pelo banco, passar pelo BNDES, detalhar meu contrato", afirmou.



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