Cruzeiro tem uma das piores campanhas da Sul-Americana mesmo com elenco milionário

Time mineiro tem a segunda pior campanha entre os 32 clubes do torneio continental, apesar de ter o segundo elenco mais caro da competição

Plantel celeste no Estádio Municipal Francisco Sánchez Rumoroso | Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
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O Cruzeiro vive um momento difícil na Copa Sul-Americana. Após três rodadas da fase de grupos, o time mineiro ainda não somou pontos e ocupa a lanterna do Grupo E. A derrota por 2 a 1 para o Palestino, fora de casa, nesta quinta-feira (24), agravou a situação celeste e colocou o clube como o dono da segunda pior campanha entre os 32 participantes da competição.

Pior que a Raposa, apenas o Racing Club de Montevidéu, do Uruguai, que também perdeu seus três jogos, mas com um saldo de gols ainda mais negativo: -8, contra -3 dos mineiros. O Cruzeiro marcou apenas dois gols e sofreu cinco.

O mais curioso é que a campanha vexatória contrasta com o valor do elenco. Segundo dados de mercado, o plantel cruzeirense é avaliado em cerca de R$ 600 milhões, atrás apenas do Corinthians, que lidera o ranking de elencos mais valiosos da competição.

Pressão sobre Leonardo Jardim

Comandado por Leonardo Jardim desde fevereiro, o time ainda não engrenou. Em 11 partidas sob o comando do treinador português, o aproveitamento é de apenas 27,27%: foram duas vitórias, três empates e seis derrotas. Na Sul-Americana, os números são ainda piores: três jogos e três derrotas.

O Cruzeiro perdeu para o Unión de Santa Fe (1 a 0), para o Mushuc Runa (2 a 1, em pleno Mineirão) e agora para o Palestino. Com zero ponto conquistado, a classificação às oitavas de final ficou extremamente difícil, já que apenas o líder de cada grupo avança diretamente. Os vice-líderes ainda terão de enfrentar um playoff contra times oriundos da Libertadores.

No momento, o Mushuc Runa lidera o grupo com nove pontos, seguido pelo Palestino (6) e Unión (3). A próxima partida da Raposa será no dia 7 de maio, novamente contra o Mushuc Runa — adversário que já surpreendeu no primeiro turno.

Memórias de 1997 reacendem esperança

Apesar do cenário atual, torcedores mais otimistas podem lembrar de um início igualmente desastroso na Copa Libertadores de 1997. Naquela edição, o Cruzeiro também perdeu os três primeiros jogos da fase de grupos, mas deu a volta por cima. Sob o comando de Paulo Autuori, o time reagiu com três vitórias seguidas, classificou-se, passou pelo Grêmio, El Nacional e Colo-Colo, e conquistou o título diante do Sporting Cristal.

A diferença, no entanto, é o regulamento. Em 1997, três times de cada grupo avançavam. Já na Sul-Americana de 2025, apenas o líder se classifica diretamente, e o segundo ainda precisa encarar um mata-mata antes das oitavas. A margem para reviravoltas é bem menor.

Com uma torcida exigente e um investimento milionário, o Cruzeiro está pressionado a apresentar respostas rápidas. Caso contrário, o sonho continental pode acabar ainda na primeira fase — e a frustração será proporcional às expectativas.

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