O atacante Dudu, do Atlético-MG, foi condenado nesta sexta-feira (19) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por misoginia contra a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. A 5ª Comissão Disciplinar decidiu, por unanimidade, aplicar uma suspensão de seis partidas ao jogador, além de uma multa de R$ 90 mil.
A punição é baseada no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de ofensas discriminatórias, e ainda cabe recurso. A sessão ocorreu apenas com a presença da dirigente palmeirense.
Publicação ofensiva nas redes sociais
O episódio que motivou a denúncia aconteceu em janeiro deste ano, quando Dudu publicou em seu perfil no Instagram uma mensagem direcionada à presidente do Palmeiras:
“Minha história foi gigante e sincera, diferente da sua senhora Leila Pereira. Me esquece. VTNC.”
A sigla foi considerada ofensiva pelo tribunal, sendo interpretada como um xingamento direto.
A defesa do jogador alegou que a expressão poderia ter múltiplos significados, como “Vim Trabalhar No Cruzeiro”, mas os auditores não acolheram o argumento. Leila, por sua vez, declarou que foi “brutalmente agredida” verbalmente nas redes sociais.
Desavença após saída conturbada do clube
O conflito entre Dudu e Leila Pereira teve início ainda em 2023, após o atacante recuar de uma negociação com o Cruzeiro. A situação se agravou com o fim do vínculo do jogador com o Palmeiras, no fim de 2024. Leila chegou a dizer em entrevistas que ele “saiu pela porta dos fundos”, o que provocou forte reação do atleta.
Em resposta às críticas, Dudu entrou com uma queixa-crime contra a presidente na 13ª Vara Criminal de São Paulo, acusando-a de assédio moral e psicológico. O processo ainda está em tramitação.
Apesar da condenação no STJD, o atacante segue defendendo que apenas reagiu às falas públicas da dirigente e nega ter cometido qualquer tipo de discriminação.