Estádio do Grêmio vive em ruínas quase uma década após despedida

Gremistas falam com saudade do local e a Prefeitura ameaça tomá-lo já que virou palco de invasões e uso de drogas

Estádio está abandonado em meio ao mato | Foto: Alexandre Alliatti
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O que sobrou do Olímpico Monumental são escombros, ruínas. Faz quase dez anos que o Grêmio se despediu de sua antiga casa. E ela segue lá em uma região central de Porto Alegre.  O palco de tantas conquistas virou um monumento abandonado, à espera da demolição, enquanto seu destino pende sob uma disputa de bastidores entre o clube, uma construtora e a Prefeitura da capital gaúcha.

Aquele espaço, até 2012, era o coração da concentração da torcida antes dos jogos. A organizada tomava um bar de esquina, hoje fechado, e isopores se sucediam de ponta a ponta na rua: à direita, até uma praça junto à chamada Rótula do Papa. 

Estádio está abandonado e mato tmou de conta -  Foto: Alexandre Alliatti

Pequenas churrasqueiras

Agora ocupada por moradores de rua, onde os gremistas costumavam assar carne em pequenas churrasqueiras; à esquerda, até a avenida Carlos Barbosa, onde ônibus descarregavam mais e mais torcedores para engrossar a festa.

É na Carlos Barbosa que fica o Olímpicos Bar. Antigamente se vendia 400 espetinhos em dia de jogo. Eram 20, 30 caixas cheias de garrafa vazia, eu não tinha nem onde guardar. Mas tudo bem, não dá pra reclamar – completou.

Principais entradas estão tomadas de mato -  Foto: Alexandre Alliatti 

Mato na entrada

Na tarde da última terça-feira, uma senhora de 72 anos varria o chão e tirava o mato entranhado na calçada da rua José de Alencar, bem em frente a uma das principais entradas do Olímpico. Ela já havia feito o mesmo em outros locais da via, onde se sucedem placas de vende-se – em casas, prédios, lojas comerciais. Bem diferente da realidade do passado de movimento com o Grêmio.

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