A Fifa confirmou nesta quarta-feira que o novo Mundial de Clubes, que será disputado nos Estados Unidos entre 14 de junho e 13 de julho, contará com 32 equipes e uma premiação total de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,8 bilhões). Por muito tempo, houve incertezas sobre os detalhes financeiros da competição, mas a Fifa garantiu contratos com grandes parceiros recentemente. A plataforma britânica DAZN será a emissora exclusiva, e os patrocinadores incluem Coca-Cola, Bank of America, a fabricante de eletrônicos chinesa Hisense e a cervejaria AB InBev.
Como comparação, a premiação total da Copa do Mundo do Catar-2022 foi de US$ 440 milhões (aproximadamente R$ 2,5 bilhões). Já a Liga dos Campeões da Europa, com seu novo formato de 36 times, distribui 2,4 bilhões de euros (R$ 14,5 bilhões), mas é uma competição que se estende por vários meses (de setembro a maio).
Distribuição do prêmio
Além do prêmio de US$ 1 bilhão que será distribuído entre as equipes classificadas, a Fifa criará um mecanismo de solidariedade para destinar parte da receita a clubes ao redor do mundo, conforme informou uma fonte próxima à organização.
O anúncio ocorre em meio a crescentes críticas sobre o número elevado de jogos no calendário do futebol. Em outubro, o sindicato mundial de jogadores (FIFPro) e a Associação Europeia de Ligas apresentaram uma denúncia à Comissão Europeia contra a Fifa, acusando a entidade de abusar de sua posição dominante na elaboração do calendário. Jogadores como o Bola de Ouro Rodri, o zagueiro Virgil Van Dijk e o francês Aurélien Tchouaméni chegaram a cogitar uma greve para protestar contra o excessivo número de jogos, especialmente com a expansão da Champions League e o novo formato do Mundial de Clubes.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, conta com o apoio de importantes clubes, especialmente da Associação de Clubes Europeus (ECA), liderada por Nasser Al Khelaifi, presidente do Paris Saint-Germain.