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Fim dos estaduais? Novo brasileirão? Saiba o que pensa o favorito para presidir a CBF

Apontado como um dos nomes fortes para assumir a presidência da CBF, Samir Xaud, presidente da Federação de Futebol de Roraima, defende alguns pontos.

Samir Xaud vai suceder o próprio pai na presidência da Federação Roraimense de Futebol | Foto: Ivonisio Lacerda Júnior/ge.globo
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Apontado como um dos nomes fortes para assumir a presidência da CBF, Samir Xaud, médico e presidente da Federação de Futebol de Roraima, defende com firmeza a permanência dos campeonatos estaduais. Segundo ele, “em hipótese alguma” esses torneios serão encerrados, caso assuma o comando da entidade. No entanto, o dirigente admite que é necessário reduzir o número de datas para aliviar o calendário do futebol brasileiro.

Xaud também apoia a transferência da gestão das Séries A e B do Campeonato Brasileiro para as ligas de clubes, como a Libra e a Liga Forte Futebol, projeto que considera essencial para a modernização da estrutura esportiva nacional.

 “Estaduais têm papel social fundamental”, diz Xaud

Oriundo da região Norte, Xaud usa sua própria experiência na Federação de Roraima para defender os campeonatos regionais. Para ele, os estaduais são cruciais não apenas para os clubes de menor investimento, mas também para a geração de empregos e o impacto social nas comunidades.

“Não há hipótese nenhuma de acabarmos com os estaduais. Eu venho de uma região do extremo Norte do Brasil e sei as dificuldades que enfrentamos por falta de recursos e poucos clubes. Mas é isso que fomenta o futebol. Os estaduais geram emprego, atuam na vida das crianças e têm um papel social importantíssimo. Sob minha gestão, não existe possibilidade de eles acabarem”, afirmou.

Redução de datas para equilibrar o calendário

Apesar da defesa enfática dos torneios regionais, Xaud reconhece a necessidade de diminuir a quantidade de datas no calendário. Ele já tem em mente um número considerado ideal.

“Antes de eu entrar mais diretamente na federação, a média era de 21 a 22 datas. Há dois anos, já reduzimos para 14. Se conseguirmos ajustar para entre 8 e 12 datas, seriam números ideais para aliviar o calendário do futebol brasileiro.”

Médico roraimense é um dos cotados para a presidência da CBF - Foto: Reprodução

Séries A e B sob gestão das ligas

Uma das principais propostas de Xaud para a gestão da CBF é transferir o comando das Séries A e B para as ligas de clubes. Segundo ele, as duas divisões já possuem autonomia suficiente para serem administradas de forma independente da confederação.

“O calendário impacta todas as regiões, inclusive as menores. Precisamos sentar e chegar a um consenso. Sou pró-liga e acredito que esse modelo contribui para a reorganização do calendário. Hoje, a Série A e a Série B são autossuficientes, têm condições de funcionar sob gestão própria. Um dos meus objetivos como presidente da CBF é tirar esse projeto do papel.”

Xaud defende que a CBF se concentre em outras frentes do futebol nacional.

“A CBF deve cuidar do futebol de base, do futebol feminino e dos estaduais — que são a base do nosso futebol. Estou imbuído nessa missão e acredito que vamos conseguir chegar a um consenso para fazer a liga acontecer no Brasil.”

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