Jam Marcos tem 16 anos - completa 17 no dia 31 de outubro - mas sua trajetória no jiu-jítsu é grande. Praticante do esporte há dois anos, não falta foco e compromisso na trajetória do rapaz. Basta olhar a quantidade de títulos acumulados por ele: no total são 16, dentre campeonatos municipais, estaduais, regionais e um nacional. A quantidade de títulos aparece na quantidade de medalhas que o rapaz mostrou.
A última conquista de Jam foi um título na edição de 2014 do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu Profissional, organizado pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ).
Mas agora os planos são maiores. Jam quer participar de competições mundiais, para ganhar destaque e honrar o nome do esporte piauiense mundo afora.
A próxima competição que está na mira de Jam acontecerá em São Paulo, durante os dias 14, 15, 16 e 17 de agosto deste ano. Com chances reais de vencer a sua categoria nesta competição, Jam enfretará esportistas do mundo inteiro.
Mas para isso é necessário mais do que a dedicação diária dos treinos. Como todo esportista, o rapaz está na corrida por patrocinadores para seguir adiante nesta batalha: "Fizemos um orçamento, que inicialmente era R$ 3.500, mas conseguimos as passagens através de um patrocínio. Agora precisamos de R$ 1.500 para a estadia e a alimentação de Jam em São Paulo", diz o pai Jared Leto.
Para se ter uma ideia de como os custos são altos, apenas a inscrição do campeonato custa R$360. "Fora a alimentação, a academia, os suplementos...", enumera Jared. Para amenizar esses custos, a família e os amigos de Jam têm se desdobrado para ajudá-lo na tarefa de defender o esporte piauiense, correndo atrás de patrocinadores e realizando rifas. Além de particulares, o pai também procurou a prefeitura: "Estamos viabilizando a documentação para agilizar as burocracias", afirma.
Geralmente é o pai que leva o filho para o esporte, mas no caso de Jam foi o contrário. O rapaz que começou a carreira esportiva fazendo judô - chegou até a faixa amarela - decidiu se dedicar ao jiu-jitsu, tanto que levou o pai junto para a prática esportiva.
No novo esporte, Jam está na faixa branca: "Demora cerca de 2 a 2 anos e meio para mudar de nível", afirma o rapaz.
Com a humildade de reconhecer suas inspirações, Jam citou os dois atletas que mais lhe dão gás para seguir adiante: "O professor Mário Sérgio e o lutador Leandro Lobo". Sobre as olimpíadas e o pan-americano, eles acreditam que não é um sonho, mas sim um plano futuro que vai se concretizar. Basta que apostem no talento dele.