Viajar mais de 17 horas para jogar uma partida e ser expulso em menos de cinco minutos é o tipo de história que parece improvável, mas aconteceu. O atacante português João Correia, do Pafos, do Chipre, protagonizou a expulsão mais rápida da história da Champions League ao aplicar uma “voadora” em um adversário logo aos quatro minutos de jogo.
O incidente ocorreu na terceira rodada da fase de liga do torneio, durante o duelo entre o Pafos e o Kairat, do Cazaquistão. A equipe cipriota percorreu mais de 5.500 quilômetros até Almaty, onde foi obrigada a jogar praticamente toda a partida com um homem a menos.
VEJA O LANCE DA EXPULSÃO:
Viagem longa, jogo curto
João Correia, que também atua pela seleção de Cabo Verde, mal teve tempo de tocar na bola antes de ser expulso. A jogada violenta surpreendeu companheiros e adversários. O árbitro não hesitou em aplicar o cartão vermelho direto após o lance.
Mesmo com a desvantagem numérica desde os primeiros minutos, o Pafos, que contou com o zagueiro brasileiro David Luiz, ex-Flamengo e Fortaleza, conseguiu segurar o placar. A partida terminou empatada em 0 a 0, resultado considerado heroico diante das circunstâncias.
Recorde negativo
Com a expulsão precoce, João Correia entrou para o livro dos recordes da Champions, superando o antigo marco de expulsão mais rápida da competição. O feito, no entanto, veio de forma nada desejada: uma viagem desgastante, seguida de uma jogada impensada que deixou o time em apuros logo no início.
O lance gerou grande repercussão nas redes sociais, com torcedores ironizando o esforço de mais de 17 horas de viagem para apenas quatro minutos em campo.
Reação do clube
Após a partida, o técnico do Pafos preferiu não criticar publicamente o jogador, mas destacou a entrega da equipe mesmo em desvantagem. “Fizemos um jogo inteligente, mostramos raça e conseguimos um ponto importante fora de casa”, afirmou o treinador.
João Correia, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. A expectativa é de que ele seja suspenso por mais de uma partida, conforme as regras disciplinares da UEFA.
Jogo marcado pelo equilíbrio
Apesar do início turbulento, o duelo foi equilibrado. O Kairat teve mais posse de bola, mas esbarrou na defesa bem postada do Pafos, que apostou nos contra-ataques e na experiência de jogadores como David Luiz. Com o empate, ambas as equipes seguem vivas na competição, mas o episódio da “voadora” deve continuar sendo o principal assunto entre os torcedores.