Jorge Jesus não deve comandar o Al Hilal no Super Mundial de Clubes, previsto para junho deste ano. Segundo apuração do site, 365Scores árabe, o técnico português deve deixar o clube após o encerramento do Campeonato Saudita e da Liga dos Campeões da Ásia, abrindo caminho para um possível acerto com a Seleção Brasileira.
Em sua segunda passagem pelo Al Hilal, Jorge Jesus soma até agora 94 partidas, com 78 vitórias, oito empates e oito derrotas. No período, conquistou o Campeonato Saudita, a Copa Saudita e duas edições da Supercopa Saudita, consolidando-se como um dos nomes mais vitoriosos da história recente do clube.
CBF aposta no “Mister”
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem Jorge Jesus como o “plano A” para substituir Dorival Júnior, demitido recentemente. O próprio presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, conduz pessoalmente as negociações com o estafe do treinador. De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, do UOL, a CBF só iniciará conversas com outro nome se não houver acordo com o português.
O interesse é recíproco. Jorge Jesus já sinalizou positivamente à CBF e estaria disposto a assumir a Seleção. No entanto, o treinador deseja sair do Al Hilal “pela porta da frente”, o que significa esperar até o fim da Liga dos Campeões da Ásia ou até que o clube não tenha mais chances de título na liga saudita, cujo encerramento está previsto para 25 de maio.
Pressão e desgaste podem antecipar saída
A situação de Jorge Jesus no Al Hilal se tornou instável após a derrota para o rival Al Nassr, na última sexta-feira. É o segundo momento turbulento da temporada, o que aumentou rumores sobre uma possível demissão. A imprensa local já especula sua saída, algo que, se confirmado, pode facilitar a vida da CBF, que deixaria de arcar com a multa contratual.
Hoje, o valor da rescisão gira em torno de 5 milhões de euros. A partir de maio, o montante cai para 3 milhões. Ainda assim, caso o treinador seja desligado antes, a CBF pode avançar sem custo adicional.
Internamente, Jorge Jesus continua sendo respeitado pelo desempenho tático, mas há insatisfação com sua gestão no dia a dia. Reclamações sobre cobranças excessivas, falta de controle na minutagem dos atletas e o aumento de lesões desgastaram a relação com o elenco. Uma fonte ouvida pelo site GOAL revelou que o convívio com o técnico tem sido “cansativo”.
Enquanto isso, a CBF monitora atentamente cada passo do treinador e aguarda o desfecho nos bastidores do clube saudita. Caso se confirme a saída de Jorge Jesus, o anúncio como novo técnico da Seleção Brasileira pode acontecer ainda antes do Super Mundial.