Pivô de mais uma polêmica no Palmeiras que gerou no seu afastamento, o atacante Kléber foi punido por entrar em rota de colisão com a diretoria e o técnico Luiz Felipe Scolari ao se posicionar de forma veemente sobre a agressão da torcida ao volante João Vítor.
Kléber questionou o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo, e Felipão pelas declarações recentes dadas a imprensa que, segundo ele, são responsáveis pela reação intempestiva da torcida.
Na visão de Kléber, frases recentes ditas por Felipão como "primeira vez em 20 anos que não consigo arrumar um time" ou "Palmeiras é como casamento com mulher feia", além de dizer que já tem a lista de reforços pronta para o ano que vem, ainda que indiretamente, colocam a torcida contra os jogadores, e contribuem para aumentar o clima de insegurança.
Kléber ponderou que não havia condições de o grupo embarcar para o Rio de Janeiro na terça-feira por questões de segurança. Frizzo pediu opinião para o goleiro Deola, um dos líderes, que concordou com o Gladiador. Por isso, foi decidido que a viagem seria somente na manhã desta quarta.
Só que Kléber foi surpreendido por uma ligação do gerente de futebol, Sérgio do Prado, lhe comunicando que ele não iria mais viajar com a delegação do Palmeiras para o Rio de Janeiro, como confirmou em entrevista para a Rádio Bandeirantes.
"Não me neguei a viajar. Recebi uma ligação do Sérgio do Prado às 2h30 para não me apresentar. Todos os jogadores estavam fechados", declarou.
Apesar de se considerar "fechado" com os jogadores, Kléber enfrenta uma divisão no grupo do Palmeiras em relação à sua postura. Alguns atletas estão contra, enquanto outros, como Deola, Chico e Patrik, o apoiaram. O Gladiador até recebeu ligações de apoio de alguns deles após o seu afastamento.
Em São Paulo, sem atuar contra o Flamengo, Kléber não sabe qual será o seu futuro daqui para frente, pois não foi comunicado por Frizzo nem pelo presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, sobre o seu afastamento.