Leila Pereira diz que não há uma guerra entre Palmeiras e Flamengo, mas comparou a diretoria do clube rubro-negro a terraplanistas diante do bloqueio no repasse de receitas da Libra. A presidente alviverde fez a citação para rebater a postura que considera inadmissível da gestão liderada por Luiz Eduardo Baptista (Bap).
– Não tem os terraplanistas, que acreditam que a terra é plana? Agora tem os terraflamistas, que acreditam que a terra é plana e que o sistema solar gira ao redor do Flamengo e não é assim, gente – declarou, em entrevista à ge tv.
– Ninguém é maior que ninguém, mais importante que ninguém. Temos que botar os pés no chão.
A dirigente reforçou as críticas após o clube carioca conseguir liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para travar o repasse de R$ 77 milhões para os clubes da Libra: Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa, Brusque e o próprio Flamengo.
PALMEIRAS IRÁ PROCESSAR O FLAMENGO
O valor se refere a uma porcentagem dos ganhos com audiência, segundo contrato firmado entre o grupo e a Globo. O Palmeiras irá processar o Flamengo por conta da ação. Leila declarou que não há diálogo com a gestão de Bap e recomendou humildade à diretoria rubro-negra.
– Com determinadas pessoas é impossível o diálogo. A questão não é com a instituição Flamengo, um grande clube, com grande torcida. O problema é com a atual gestão. Acredito que não existe um clube maior que o outro, nenhum clube é maior que o futebol brasileiro, todos precisamos um do outro.
– Ninguém joga sozinho. Não é possível. Se um clube se acha maior que o futebol brasileiro, tem que jogar sozinho, contra o sub-20, contra ele mesmo. Quero ver a audiência – declarou.
– Uma das maiores virtudes do ser humano é a humildade. Flamengo não pode ditar o que é melhor para o futebol brasileiro levando em conta o que é melhor para ele. Isto não existe. O Flamengo tem que baixar um pouquinho a bola.
O Palmeiras considera a estratégia do Flamengo “predatória e torpe”, com objetivo de asfixiar financeiramente os outros clubes da Libra e extrair benefícios individuais. O Flamengo alega ter sido prejudicado com o contrato firmado em 2024 até 2029, assinado por Rodolfo Landim. Seu sucessor, Bap, tenta rever a distribuição do dinheiro e criticou os termos do vínculo durante o processo eleitoral do clube.