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Lucas Paquetá é absolvido da acusação de levar cartão para lucro com apostas

A investigação teve início após a FA acusar Paquetá, em maio de 2024, de violar a Regra E5.1 da entidade em quatro jogos específicos da Premier League.

Paquetá absolvido de acusações de manipulação de apostas | Richard Pelham | Crédito: Getty Images
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O meia Lucas Paquetá foi absolvido das acusações de má conduta ligadas à manipulação de apostas esportivas. A decisão foi tomada pela Comissão Reguladora da Federação Inglesa (FA), que concluiu que não havia provas suficientes para sustentar as denúncias feitas contra o jogador do West Ham. Com isso, Paquetá está liberado para voltar a atuar normalmente.

Apesar da absolvição no caso principal, a Comissão entendeu que o atleta descumpriu a Regra F3 ao não cooperar integralmente com a investigação — ele teria deixado de responder perguntas e de fornecer informações solicitadas. A pena referente a essa infração ainda será anunciada.

A investigação teve início após a FA acusar Paquetá, em maio de 2024, de violar a Regra E5.1 da entidade em quatro jogos específicos da Premier League: contra o Leicester (12/11/2022), Aston Villa (12/03/2023), Leeds United (21/05/2023) e Bournemouth (12/08/2023). Ele recebeu cartão amarelo em todas essas partidas. A alegação era de que o brasileiro teria tentado influenciar deliberadamente os acontecimentos das partidas para favorecer esquemas de apostas — o que foi negado por ele desde o início.

Segundo a FA, Paquetá teria “tentado intencionalmente receber cartão do árbitro com o objetivo impróprio de influenciar o mercado de apostas, beneficiando uma ou mais pessoas”. No entanto, a Comissão Reguladora concluiu que não houve comprovação das acusações após análise das evidências.

Nas redes sociais, o jogador celebrou a decisão e agradeceu o apoio que recebeu:

“Desde o primeiro dia desta investigação, mantive minha inocência contra essas acusações gravíssimas. Não posso dizer mais nada agora, mas também não consigo expressar o quanto sou grato a Deus e o quanto estou ansioso para voltar a jogar futebol com um sorriso no rosto”, escreveu Paquetá. “À minha esposa que não soltou minha mão, ao West Ham, aos torcedores que sempre me apoiaram, e à minha equipe jurídica — obrigado por tudo. Toda glória e toda honra seja dada a Deus!”

O West Ham, que aguardava o desfecho do caso para definir o futuro do jogador, agora avalia se manterá Paquetá no elenco ou se abrirá negociações para uma possível venda. O atleta tem 28 anos e é considerado uma peça importante do time.

Entenda o caso

Em maio de 2024, a Federação Inglesa anunciou formalmente que investigava Lucas Paquetá por possíveis violações relacionadas a apostas. As infrações diziam respeito à Regra E5.1, que proíbe qualquer tentativa de influenciar resultados, andamento ou conduta de jogos para fins indevidos.

Na época da denúncia, o jogador se disse surpreso e indignado com as acusações:

“Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome”, afirmou ele.

Vale destacar que, segundo a própria FA, há diferença entre violar regras sobre apostas e manipular o resultado de uma partida. Neste último caso, se comprovado, o atleta pode ser banido do futebol de forma permanente — o que não se aplicou a Paquetá neste julgamento.

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