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Ministério do Esporte cobra investigação sobre racismo contra jogador do Palmeiras

Órgão cobra punições da Conmebol após ofensas a Luighi e Figueiredo na Libertadores Sub-20

Ministério do Esporte cobra investigação sobre racismo | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O Ministério do Esporte solicitou uma investigação rigorosa sobre o caso de racismo sofrido pelos jogadores do Palmeiras Sub-20, especialmente o atacante Luighi, durante a vitória do time brasileiro por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, no Paraguai.

Em nota oficial, o órgão expressou "profunda indignação e repúdio" ao episódio e reforçou que o racismo é crime e não será tolerado. Além disso, o Ministério afirmou que cobrará da Conmebol punições aos responsáveis, ressaltando a necessidade de um ambiente esportivo justo, inclusivo e respeitoso.

O que aconteceu?

O caso ocorreu no Estádio Gunther Vogel, no Paraguai, aos 36 minutos do segundo tempo. Na saída de campo após ser substituído, o jogador Figueiredo foi alvo de um torcedor que imitou um macaco em sua direção. Pouco depois, Luighi também foi chamado de macaco por parte da torcida adversária.

O atacante alertou a arbitragem sobre as ofensas, mas o árbitro Augusto Menendez ignorou a denúncia e deu continuidade à partida. No banco de reservas, Luighi não conteve as lágrimas e desabafou após o apito final.

Nota oficial do Ministério do Esporte

“O Ministério do Esporte manifesta sua profunda indignação e repúdio aos atos de racismo sofridos pelos jogadores do Palmeiras Sub-20, em especial o atleta Luighi, durante a partida contra o Cerro Porteño pela Copa Libertadores Sub-20, realizada nesta quinta-feira (6), no Paraguai.

Reiteramos que o racismo é crime e não será tolerado em hipótese alguma. Este Ministério exigirá, junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), uma investigação rigorosa do ocorrido e a aplicação das sanções cabíveis aos responsáveis, conforme as normas vigentes. É imperativo que as leis sejam cumpridas com rigor para coibir e erradicar qualquer manifestação discriminatória no esporte.

Nos solidarizamos com os atletas afetados e com toda a comunidade esportiva brasileira, reafirmando nosso compromisso inabalável na luta contra o racismo e na promoção de um ambiente esportivo justo, inclusivo e respeitoso para todos.”

Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte]

Cerro Porteño ainda não se manifestou

Até o momento, o Cerro Porteño não comentou o caso, enquanto cresce a pressão para que o clube paraguaio e a Conmebol tomem medidas contra os atos racistas.

A expectativa é que, com a cobrança do Ministério do Esporte e de outros setores do futebol brasileiro, o episódio não fique impune e a entidade organizadora da competição adote sanções efetivas contra os responsáveis.

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