O futebol alemão perdeu nesta segunda-feira (4) um de seus nomes históricos. Frank Mill, ex-atacante da seleção da Alemanha e campeão da Copa do Mundo de 1990, morreu aos 67 anos, vítima de um infarto. A informação foi confirmada nesta terça (5) pelo clube Rot-Weiss Essen, por onde Mill iniciou sua trajetória.
Embora não tenha atuado durante o Mundial na Itália, Mill fez parte do elenco que levantou a taça. Também disputou a Eurocopa de 1988, quando entrou em duas partidas e ajudou a Alemanha a chegar às semifinais.
Carreira de destaque
Mill brilhou principalmente no futebol alemão. Com passagens marcantes por clubes como Borussia Mönchengladbach, Borussia Dortmund e Fortuna Düsseldorf, somou mais de 300 jogos na elite do país.
- No Mönchengladbach, marcou 71 gols em 153 partidas.
- No Dortmund, foram 47 gols em 187 jogos, com destaque para a conquista da Copa da Alemanha de 1989, em que Mill marcou o gol inaugural da final contra o Werder Bremen.
Em competições europeias, seu nome também ganhou destaque. Na Copa da UEFA de 1985/86, fez um dos gols na histórica vitória do Mönchengladbach por 5 a 1 contra o Real Madrid.
Medalhista olímpico e recordista
Frank Mill também foi peça importante na seleção olímpica da Alemanha, pela qual disputou 20 partidas e conquistou a medalha de bronze nos Jogos de Seul, em 1988. Até hoje, detém o recorde de nove participações em Jogos Olímpicos pela seleção alemã.
Homenagens
A morte de Mill comoveu o futebol alemão. Em nota oficial, Bernd Neuendorf, presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), destacou o caráter modesto e o legado do ex-jogador.
“Ele nunca se considerou um campeão mundial, o que mostra sua humildade. Frank Mill deixou sua marca não só na seleção principal, mas também na olímpica”, afirmou.
Hans-Joachim Watzke, CEO do Borussia Dortmund, lamentou:
“Fränkie era um jogador inteligente e um companheiro admirável. Foi fundamental em conquistas marcantes do nosso clube.”
Já o ex-companheiro de seleção e atual diretor da DFB, Rudi Völler, declarou-se chocado com a notícia:
“Frank era um jogador de equipe com ótimo humor e espírito coletivo. Sentiremos muito a sua falta.”