Perto do adeus, Daiane leva para Londres pingentes como proteção

Perto da aposentadoria, ginasta leva no pescoço colar carregado de pingentes.

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Daiane dos Santos prefere pecar pelo excesso. Em sua terceira e última edição de Olimpíadas, a ginasta leva no pescoço um cordão de ouro carregado de pingentes: de réplica da medalha do Campeonato Mundial a um punhado de sal grosso. Tudo para protegê-la na despedida da seleção brasileira, nos Jogos de Londres.

- Tenho um novo agora: uma Nossa Senhora de Aparecida. Ganhei de presente de um paciente da minha fisioterapeuta. Ele mandou benzer no santuário. Os outros são a réplica da medalha, Xangô, uma figa e um pingente de sal grosso. Mas acho que o sal grosso já acabou, deve ser só areia agora - conta, rindo.

A joia em forma de medalha é a réplica do ouro no solo em Anheim, em 2003. No ano seguinte, Daiane levou a coreografia "Brasileirinho" aos Jogos de Atenas. Era a maior favorita ao ouro, mas derrapou em um movimento e terminou em quinto. Em Pequim-2008, ficou em sexto.

Depois de mais uma decepção olímpica, Daiane decidiu cuidar do joelho e do tornozelo. As dores beiravam o insuportável. E foi aí que o período longe das competições aumentou: uma punição de cinco meses por uso de furosemida. O retorno, depois de quase 3 anos, veio no ano passado, com um bônus: bronze na Copa do Mundo de Ghent, na Bélgica.

Nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, uma crise interna deflagrada na seleção após um resultado pífio: quinta colocação por equipes. Daiane tentou usar sua experiência para ajudar o "disse-me-disse". "Não somos um grupo", contava Adrian Gomes. Quando os ânimos se acalmaram, neste ano, outras duas bombas: o corte de Jade Barbosa por não seguir as regras da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e o de Lais Souza, por lesão, quando ela já estava na Inglaterra.

Reencontro com antiga rival

Em Londres, para sua última competição, Daiane reencontrará uma antiga rival. Catarina Ponor, ouro no solo, na trave e por equipe em Atenas-2004, chegou a se aposentar, mas voltou a competir. Hoje aos 25 anos, ela será a mais experiente da Romênia.

- Ter meninas mais velhas se mantendo no esporte é sempre bom, e isso tem acontecido cada vez mais. A volta da Ponor fez bem para a Romênia e é sempre bom ter uma ginasta como ela disputando junto.

Protegidíssima, Daiane não pensa muito na romena. Quer curtir o clima olímpico pela última vez.

- Acho que só vou ficar emocionada mesmo na hora que terminar tudo. Espero seja só depois da final. Melhor ainda se for com uma medalha.



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