Dimitri Payet está de saída do Vasco da Gama. O meia francês, de 38 anos, não seguirá no clube até o fim do seu contrato, previsto inicialmente para 31 de julho. Segundo o CEO vascaíno, Carlos Amodeo, a diretoria já está em tratativas com os representantes do jogador para uma rescisão imediata e amigável.
Desde o fim do ano passado, a permanência de Payet no elenco já era tema de debate interno, especialmente por causa do alto salário e baixo rendimento. Com vencimentos mensais na casa de R$ 1,3 milhão, o segundo maior do grupo, atrás apenas de Philippe Coutinho, o jogador teve atuação tímida em 2024: foram 17 partidas, apenas quatro como titular, com três assistências e nenhum gol marcado.
Baixo rendimento e alto custo
A última vez que Payet entrou em campo foi em 15 de abril, antes de se afastar por lesão no joelho. Liberado para viajar à França por "motivos pessoais", o jogador não retornou aos treinos. No clube, o entendimento é claro: o desempenho técnico não justifica o investimento financeiro.
Ainda no início do ano, o Vasco cogitou renovar com Payet se ele aceitasse reduzir o impacto financeiro, diluindo valores pendentes ao longo de um novo contrato. No entanto, as atuações apagadas acabaram enterrando essa possibilidade.
Espaço na folha e janela à vista
Com a rescisão antecipada, o clube abre espaço na folha salarial já pensando na próxima janela de transferências. A direção cruzmaltina já adotou postura semelhante com outros atletas fora dos planos, como Souza e Manuel Capasso, liberando-os antes do fim dos vínculos.
Payet pode ter sua última chance de atuar pelo Vasco no dia 12 de junho, contra o São Paulo, após a Data Fifa. Depois disso, o calendário será interrompido por causa da Copa do Mundo de Clubes, restando ao clube apenas seis jogos antes do encerramento oficial do contrato.
Passagem discreta
Contratado em 2023, Payet disputou 75 partidas com a camisa vascaína, marcando sete gols e distribuindo 12 assistências. Seu último gol foi em outubro do ano passado, na vitória por 3 a 2 sobre o Bahia, em São Januário. Apesar da expectativa gerada por seu nome e trajetória internacional, o francês não conseguiu se firmar como protagonista em sua passagem pelo futebol brasileiro.
A direção do Vasco, segundo Amodeo, pretende encerrar o vínculo de forma respeitosa e sem litígios, reconhecendo a importância simbólica da contratação, mas priorizando os ajustes financeiros e técnicos para o restante da temporada.