Fluminense, Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG e Bahia são os clubes que menos descansaram desde o início do Campeonato Brasileiro, acumulando as menores médias de tempo entre uma partida e outra em 2025. O levantamento considera todos os minutos de intervalo desde a primeira rodada, refletindo o impacto direto do calendário sobre o desempenho físico dos atletas. Desde março, as equipes da Série A já disputaram 565 partidas apenas pelo Brasileirão, dentro de um total de 830 jogos na temporada.
Fluminense lidera o desgaste
Entre todos os times da elite, o Fluminense é quem registra o menor intervalo médio entre compromissos: 6.209 minutos, o equivalente a 102 horas. O período mais longo de descanso só ocorreu antes da Copa do Mundo de Clubes, quando o time passou 376 horas sem jogar entre a vitória sobre o Inter, em 1º de junho, e a estreia diante do Borussia Dortmund no dia 17. A sequência intensa reflete não apenas o Brasileirão, mas também as competições paralelas que o time disputou ao longo do ano.
Palmeiras e Flamengo também sofrem impacto
Logo atrás do Fluminense aparece o Palmeiras, com uma média de 6.167 minutos entre os jogos. Após o Mundial, esse tempo cai ainda mais, para 5.933 minutos, pouco mais de 99 horas de descanso entre uma partida e outra.
O Flamengo, campeão da Libertadores sobre o próprio Palmeiras, tem o terceiro menor período médio: 6.297 minutos, cerca de 105 horas. A agenda cheia, com decisões internacionais e nacionais, contribuiu para o acúmulo de jogos em sequência.
Bahia lidera o desgaste no acumulado do ano
Quando o recorte se amplia para toda a temporada, o Bahia é quem apresenta o menor tempo médio de descanso entre todos os clubes do país: 5.987 minutos, número abaixo das 100 horas. O time é o que mais jogou em 2025, com 78 partidas.
No elenco baiano, Cauly e Luciano Juba lideram o número de atuações, ambos com 68 jogos. Já Ramos Mingo é quem soma mais minutos em campo: 5.362 minutos ao longo do ano.
Mirassol tem o maior período de descanso
Na outra ponta da lista, o Mirassol é o clube que mais descanso acumulou no Brasileirão. Sem dividir o calendário com outras competições, o time entrou em campo, em média, a cada sete dias, número bem superior ao dos rivais que disputam torneios internacionais. Entre 1º de junho e 14 de julho, o clube ficou 1.036 horas sem jogar, o maior intervalo da Série A.
Intervalos mínimos e mudanças no calendário
O acordo firmado entre sindicatos e CBF em 2017 definiu 66 horas como o intervalo mínimo entre partidas, redução em relação às 72 horas anteriores, para possibilitar o encaixe de jogos dentro do ano esportivo. Ainda assim, essa margem muitas vezes se mostra insuficiente diante das viagens, deslocamentos e carga física acumulada.
Neste cenário de desgaste generalizado, a CBF anunciou ajustes no calendário para a temporada seguinte, buscando reduzir a sobrecarga sobre clubes e atletas.
Cada equipe da Série A vivenciou cenários extremos ao longo da temporada. O Fortaleza, por exemplo, registra o menor descanso da elite: apenas 44 horas entre dois jogos pelo Campeonato Cearense. Já o Mirassol teve o maior intervalo geral, chegando a ultrapassar as 1.080 horas sem compromissos oficiais.