Paulista: Santos perde, mas leva taça

Time perdeu para o Santo André por 3 a 2, mas tinha a vantagem

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Foi sofrido. Muito sofrido. O 18º título do paulista do Santos saiu à fórceps neste domingo, no Pacaembu. O time que deu show durante todo o estadual confirmou seu favoritismo e levanta o troféu após perder por 3 a 2 para o Santo André, com apenas oito jogadores em campo. Épico. O time de

Robinho, Neymar e, principalmente, de Paulo Henrique Ganso, que foi um gigante na decisão e compensou, sozinho, a perda de Léo, Marquinhos e Brum, expulsos, chegou ao 100º no ano. Neymar fez os dois gols santistas. Nunes, Alê e Branquinho fizeram os gols do Ramalhão, que, bravamente, caiu de pé.

Gols, expulsões e Ramalhão na frente

Um primeiro tempo eletrizante, nervoso, aberto e com muitos gols. O Santos entrou em campo para festejar, mas esqueceu-se que título só se comemora após o apito final. O Santo André, ligado, dividindo todas, disputando uma final, enfim, surpreendeu logo aos 55 segundos de jogo. Branquinho lançou Cicinho, na direita, às costas de Léo. O lateral do Ramalhão invadiu a área, driblou o goleiro e chutou cruzado. Antes de a bola entrar, Nunes empurrou para o gol

O Peixe não se encolheu e foi para cima. Aos 7 minutos, Marquinhos achou Robinho dentro da área. De letra, o Rei das Pedaladas largou Neymar livre na marca do pênalti. O garoto deixou três marcadores no chão e estufou as redes com um forte chute de direita.

O problema do Santos é que, se o ataque é insinuante, rápido e imprevisível, a defesa foi lenta e desatenta. O Ramalhão seguiu em cima, dividindo todas as bolas com muita força e vontade. Na frente, Bruno César, Branquinho e Rodriguinho, com movimentação constante, bagunçavam a defesa alvinegra. Aos 15, Branquinho livrou-se da marcação pelo meio e mandou a bomba. A bola explodiu na trave. Em seguida, aos 17, Carlinhos desceu pela esquerda e cruzou para Rodriguinho marcar de cabeça. No entanto, a auxiliar Maria Eliza Barbosa errou e marcou impedimento de Carlinhos, cuja posição era normal.

O Ramalhão seguia em cima e, as 19, fez o segundo. Na cobrança de escanteio pela direita, Alê apareceu sozinho na área. A zaga santista ficou olhando e o volante completou de cabeça para o gol.

O jogo, além de corrido, era nervoso. Neymar busca o drible e os marcadores marcavam falta. Aos 22 minutos, Alê fez falta dura no garoto santista, provocando uma grande confusão. Ganso tomou as dores do amigo e partiu para cima do volante. A confusão tornou-se generalizada. Léo e Nunes começaram uma ríspida discussão paralela e acabaram expulsos. Os andreenses reclamaram muito do comportamento de Neymar em campo.

- Ele é um cai-cai do c... - xingou o goleiro Júlio César.

Com os dois times jogando com dez jogadores, o Santos passou a controlar melhor a posse de bola. A defesa santista já não tinha tanto trabalho para marcar apenas Rodriguinho à frente e o Peixe, de pé em pé, chegou a seu segundo gol. Aliás, um golaço. Robinho ganha a dividida na intermediária e passa para Ganso, que de calcanhar, encontra Neymar entrando pela esquerda. O garoto, de canhota, só rola na saída de Júlio César.

Quando o jogo estava sob controle do Peixe, Marquinhos fez uma tremenda besteira: acertou um carrinho por trás, desnecessário, em Branquinho e acabou expulso, deixando o Peixe com nove jogadores. Aí, o jogo ficou a caráter para o rápido time do ABC paulista. Com o adversário escancarado, Bruno César acertou belo passe para Branquinho, que entrava pelas costas da defesa santista. O meia girou e bateu colocado, de direita, sem chances para Felipe.

Faltava ainda um gol para o Ramalhão, já que essa derrota por um gol ainda dava o título ao Peixe.

O Santos voltou mais bem posicionado para o segundo tempo. Dorival Júnior abriu Robinho pela direita e Neymar pela esquerda. Ganso jogava pelo meio. Arouca e Mancha marcavam pelo meio. Mesmo com um a menos, o Peixe conseguia ameaçar. Logo aos três, num lindo passe diagonal, Ganso enxergou Robinho. O gol só não saiu porque o atacante chegou atrasado.

O Ramalhão, porém, continuava bem vivo no jogo. Sempre que Bruno César ou Branquinho pegavam na bola, o time do ABC criava coisa boa. Aos 5, Rodriguinho recebeu de Bruno, driblou Felipe e chutou para o gol. Arouca, que entrava por ali, salvou o Peixe.

Aos 17, Dorival tirou Robinho do time para colocar o atacante André. A missão do centroavante era correr atrás dos zagueiros para tentar dificultar as saídas de bola do Ramalhão. Com essa mudança, o Santos deixou de ser ameaçado. Ganso assumiu o comando do time e passou a prender a bola no meio. Neymar tentava partir para cima, mas caía à toda hora. Aos 32, ele foi substituído por Roberto Brum.

O Santos tinha o jogo sob controle. Mesmo com um a menos, marcava bem e não dava chances para o Santo André. Mas aí Brum caiu na mesma besteira de Marquinhos. Fez falta por trás em Pio e acabou sendo expulso. Agora, o Peixe tinha apenas oito jogadores em campo. O jogo acabou se tornando ainda mais dramático. Dorival Júnior, prontamente, mandou o zagueiro Bruno Aguiar para o campo. Ganso iria sair, mas foi firme. Virou-se para o banco e gritou:

- Eu não. Vou ficar aqui!

André, então, foi sacado

Melhor para o Peixe. O meia prendeu a bola na frente, chamou falta, cavou escanteio.

A essa altura, o Ramalhão já tinha Rodriguinho, Rodrigão e Pio, todos praticamente dentro da área. O Peixe se segurava como podia. Aos 45, Rodriguinho chutou cruzado e a bola bateu na trave.

O Pacaembu, de pé, exigia o fim do jogo. O apito final e a explosão saiu aos 49 minutos.

Agora, a terceira geração dos Meninos da Vila confirma a sina santista: ser formador de meninos campeões.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES