Treinadora fala sobre como lidar com dezenas de homens: “pergunto se está todo mundo vestido”

Antes dela, só Helena Costa tinha quase alcançado esse feito, mas a portuguesa deixou o Cleermont Foot antes mesmo de iniciar os treinamentos.

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Os jogadores correm pontualmente às 9h45 para o gramado ao lado do estádio do Clermont Foot. Corine Diacre não admite atrasos. Quando chegam, a “coach” (técnica) - como chamam em francês - já está lá, posicionada no centro do gramado, mas fazendo de tudo para não ser notada. Impossível. Uma mulher liderando dezenas de homens em um gramado de futebol - seis da comissão técnica e 28 jogadores - não é comum. Todos eles recebem ordens da treinadora  de 40 anos, a primeira mulher no comando do futebol de clubes do primeiro e segundo escalão na Europa. Antes dela, só Helena Costa tinha quase alcançado esse feito, mas a portuguesa deixou o Cleermont Foot antes mesmo de iniciar os treinamentos.

Durante os trabalhos, Diacre quase não conversa com os atletas. Ela fica à parte. Quem orienta a sessão são os dois auxiliares, enquanto a francesa conversa com outros integrantes do seu staff e tira notas do outro lado do campo. Somente no fim, a treinadora se posiciona no meio do círculo dos jogadores que atentamente a escutam por uns dois minutos. Logo depois, ela sai. Alguns ainda permanecem treinando chutes e cobranças de falta.

Diacre prefere manter alguma distância dos seus jogadores. A afinidade entre as duas partes não é evidente. Pelo contrário. O clima que se vive no Cleermont Foot é tenso, porque o clube ocupa a 17ª posição do campeonato da segunda divisão francesa, apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento. Sob o comando dela, o time sofreu 8 derrotas, 4 empates e 4 vitórias. Mas a francesa tem mais uma oportunidade para fazer história esta temporada caso vença neste sábado o Espinal pela Copa de França. Nesse caso, Corine pode se tornar a primeira mulher da história a enfrentar um clube da primeira divisão na próxima rodada já no mês de janeiro. Mas o objetivo no clube está traçado e não se resume a recordes pessoais.

-  O mínimo é continuar na segunda divisão no próximo ano e conseguir, pelo menos, a mesma classificação da temporada passada que foi o 14º lugar. Agora queremos pensar etapa por etapa, porque a nossa situação não permite a pensar de outra forma - afirmou a treinadora durante uma coletiva de imprensa para três repórteres no estádio do CF.

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