Douglas Ribeiro Pina Barcelos, indiciado por ter sido identificado como uma das pessoas que apostaram no cartão amarelo que Bruno Henrique, do Flamengo, tomou em jogo contra o Santos, em 2023, confessou que sabia com antecedência que o atleta seria advertido naquele jogo.
A confissão foi feita em audiência virtual, no dia 4 de junho, com membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Distrito Federal. Barcelos foi o único dos 10 acusados a fazer um acordo com o Ministério Público para não ser processado.
CONFISSÃO PARA EVITAR PROCESSO
Em troca, além da confissão, ele terá que cumprir 360 horas de serviço comunitário, além do pagamento de uma multa de R$ 2.322,13. Como o apostador indicou intenção de se mudar para o exterior, os promotores ainda abriram a possibilidade de que ele pague uma multa de R$ 5.500, desde que comprove residência no exterior com documentos.
A audiência durou pouco menos de 10 minutos. Nela, o promotor Rodrigo Araújo primeiro explica as condições para o acordo e as propostas do Ministério Público. Barcelos está acompanhado de seu advogado, Luiz Henrique Alves de Oliveira. Com a concordância de Barcelos e de seu defensor, Araújo faz a leitura de um resumo das acusações.
9 APOSTADORES
Barcelos é uma das nove pessoas que a Polícia Federal identificou por ter apostado num cartão amarelo que Bruno Henrique levaria naquela partida após supostamente informar ao próprio irmão que forçaria a advertência.
A investigação indicou que Bruno Henrique avisou Wander Nunes Pinto Júnior, seu irmão, na véspera do jogo – o atacante estava pendurado e forçaria o cartão para cumprir suspensão contra o Fortaleza e ficar livre para enfrentar o Palmeiras, com quem o Flamengo disputava o título. Wander, além de fazer suas próprias apostas, ainda teria repassado a informação a amigos. Bruno Henrique e o irmão, além de estelionato, também foram denunciados por fraude em evento esportivo.
Com informações do ge.