O prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier (PDT), suspeito de matar a tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva, admitiu ter efetuado os disparos e afirmou que a arma utilizada foi um "presente" de um eleitor.
A declaração foi feita pelo prefeito em depoimento à Polícia Civil na tarde de segunda-feira (7), quando se apresentou à Delegacia de Presidente Dutra acompanhado de advogados. João também afirmou que a arma, adquirida há dois anos, não possuía registro nem autorização de posse.
Em depoimento, João afirmou que teria "jogado" a arma no local do crime, mas a Polícia Civil ainda não a encontrou. Imagens de câmeras de segurança registradas no dia do ocorrido também não mostram o prefeito descartando a arma em nenhum ponto da cena.
o que diz a defesa
A defesa do prefeito alega que João agiu em "legítima defesa". Após prestar depoimento, ele foi liberado por ter se apresentado espontaneamente e não ter sido preso em flagrante, conforme explicou o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior.
PRAZOS
A Polícia Civil tem um prazo de dez dias para concluir o inquérito e, se necessário, solicitar a prisão preventiva. Como prefeito, João Vitor Xavier tem foro privilegiado e será julgado por tribunais superiores.
SOBRE O PREFEITO
O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, tem 27 anos, é solteiro, possui ensino médio completo e, durante as Eleições Municipais de 2024, declarou à Justiça Eleitoral a ocupação de estudante, bolsista ou estagiário. Ele é sobrinho do ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Erlanio Xavier.