Água do Parnaíba está poluída e imprópria para uso

O rio recebe diariamente bactérias resistentes a desinfetantes hospitalares.

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FRANCISCA LÚCIA | “População deve evitar utilizar o rio” | Reprodução Jornal MN
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As águas do rio Parnaíba recebem diariamente bactérias resistentes a desinfetantes hospitalares, que chegam ao rio por meio das águas residuais de hospitais e clínicas de Teresina.

Com isso, as águas estão poluídas e impróprias para o uso. Esse é o resultado da pesquisa realizada por alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí.

De acordo com a professora orientadora da pesquisa, Francisca Lúcia de Lima, algumas das espécies apresentam uma resistência muito alta a estes desinfetantes utilizados nos hospitais.

?Elas são resistentes, por exemplo, ao glutaraldeído, muito usado para desinfetar instrumentos como endoscópio. Também apresentam resistência ao iodo?, disse. Para ela, isso é muito sério, pois além de poluir as águas do rio, elas podem trazer muitas doenças a quem se utiliza dessas águas para os mais variados fins.

?Estas bactérias acabam competindo com aquelas já existentes no rio. Elas contaminam peixes, tornando o rio impróprio para a pesca e ainda para a recreação. Ela poderá trazer muitas doenças para quem a utiliza?, disse.

Segundo a professora, essa pesquisa quer chamar a atenção das autoridades estaduais e municipais para a necessidade do tratamento do esgoto, tanto hospitalar como doméstico.

No entanto, enquanto a solução não vem por parte dessas pessoas, ela alerta para o perigo do uso das águas do rio na altura da Ponte José Sarney, nas proximidades da Avenida Maranhão (Teresina/PI).

?Pesquisamos nas proximidades de uma boca de esgoto que desemboca nesse local e aconselhamos as pessoas a não usarem estas águas pelo menos na região em torno de 500 metros ao redor dela?, afirmou.

A professora conta que a ideia da pesquisa surgiu a partir de trabalhos parecidos realizados em países da Europa, além de Japão e Argentina.

O estudo durou mais de dois anos e foi realizado por 12 alunos do curso de Ciências Biológicas da Uespi, com a orientação da professora e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi).



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