Alunos sem acesso à internet recebem material de estudo

Escolas também tiram dúvidas por telefone

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Uma das medidas adotadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), para que os estudantes da rede estadual de ensino continuem estudando em casa, após a elaboração do Plano Estratégico por causa da Pandemia do Coronavírus, foram as aulas remotas. Só que parte dos alunos não tem ou possui pouco acesso aos recursos tecnológicos, por isso as escolas elaboraram material específico para que estes alunos recebam os conteúdos preparados pelos professores.

Na manhã desta segunda, 20, acompanhamos a entrega do conteúdo elaborado pelo CETI Professor Antônio Tarciso Pereira e Silva, localizado na Vila Santa Bárbara, zona leste de Teresina. Durante a visita, vários alunos de diversas séries estavam recebendo o material, em fila, distantes uns dos outros, seguindo as normas da OMS.

 

"O material tem me ajudado bastante. Como não estamos tendo aula, nos influencia a estudarmos em casa. As apostilas que recebemos semanalmente aqui no colégio contribuem demais. O material vem com roteiro de estudo, fala do conteúdo do livro, a matéria, resolvemos os exercícios e temos a data para entregá-los para que os professores corrijam", comenta Luan de Sousa, do 2º ano B.

 A escola também faz uso do telefone para informações, orientações e tira dúvidas, além dos alunos que estão nos grupos do WhatsApp, por exemplo, que informam aqueles que não têm acesso ao que foi solicitado, elaborado e/ou resolvido. Segundo ainda Luan, os professores criam grupos por disciplinas e eles repassam para os amigos o que foi discutido no grupo.

A entrega do material é feita com datas e horários agendados, com um prazo para a entrega na escola, onde a equipe de professores envia mensagens via SMS ou faz ligações, além de informar também nos grupos de WhatsApp, para que seja repassado para todos.

 

"Não podemos negar que no início foi desafiador, mas devido ao momento e a possível ociosidade dos alunos, percebemos que poderíamos trabalhar juntos para que eles não ficassem parados e perdessem o ano. Eles estão aceitando e se empenhando bastante em resolver as atividades e não pararem de estudar. Essa estratégia foi criada para entregar o material aos estudantes que não têm acesso à internet, mas qualquer aluno da escola que tiver interesse, pode adquirir o material", afirma a diretora da escola, Maria José Viana.

Ela conta ainda que todos os grupos da escola têm acesso aos informes, o aluno que não tem acesso liga para aquele que tem, ou vem até a escola, solicita a sua cópia das atividades e roteiro de estudos que foram elaborados pelos professores no Plano de Ação, resolve o conteúdo e volta à escola novamente para deixar o material para o retorno do professor. Além do material de estudo, a escola se mobilizou e distribuiu cestas básicas para aqueles pais mais necessitados e que solicitaram ajuda nesse sentido.

Jamile Vitória, aluna também do 2º ano disse que é muito importante o que a escola está fazendo. "O momento está difícil, mas não podemos deixar de estudar, não é fácil, mas é necessário que a gente não fique parado, e apesar de toda dificuldade estou ativa, procurando melhorar o meu rendimento nos estudos", comenta. Jamile está sem celular, ela recebe a mensagem dos amigos ou da escola, pelo celular da sua mãe e quando o exercício está disponível, pega a atividade para responder. "A resolução das atividades está boa, eu estou me esforçando bastante, pois não quero perder o ano e agradeço à escola pelo apoio", enfatiza a aluna.



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