Após mortes em briga, vizinha quer se mudar por temer vingança

Discussões na vizinhança, seja na rua, seja no condomínio de apartamentos, são muito frequentes em São Paulo.

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Há trinta anos na mesma casa, localizada na vila onde dois vizinhos foram assassinados em uma briga na noite desta quarta-feira (20), uma dona de casa não quer mais ficar onde mora. A família diz que foi ameaçada pela vizinha. ?Ela falou que ia matar um por um da nossa família, porque o marido dela morreu e ela ia se vingar?, afirmou. A dona de casa pediu para não ser identificada.

O marido era um policial civil. As brigas, frequentes, eram verbais. Mas na noite desta quarta-feira terminaram em pancadaria e morte. A discussão começou por causa do lixo na porta de casa.

O policial e a mulher dele começaram a bater boca com a filha de dona Belizia. Outros dois vizinhos entraram na discussão e houve uma briga. O policial foi esfaqueado e morreu na hora. O filho dele pegou a arma do pai e matou o autor da facada.

?O policial era intolerante?, diz a vizinha. ?Bastava sair com o cachorro, ficar de noite passeando que ele já pegava umas bombas e soltava?, completou.

Uma mulher disse que o filho do policial agiu em legítima defesa. O autor dos disparos está preso. A irmã do outro vizinho que morreu não se conforma. ?Estou assustada, né? Estou grávida, assustada, abalada, né? Infelizmente?, disse a auxiliar de limpeza, Célia Cristina Gonçalves de Lima.

Discussões na vizinhança, seja na rua, seja no condomínio de apartamentos, são muito frequentes em São Paulo. Mais da metade dos chamados que a Polícia Militar comunitária da capital recebe é para tentar resolver brigas entre vizinhos. Além disso, a Justiça de São Paulo também está abarrotada de processos abertos por moradores contra quem mora ao lado.

?Basta ter um pouquinho de boa vontade, um pouquinho de bom senso, de serenidade e acima de tudo, isso é fundamental, as pessoas precisam se desarmar, precisam aprender a escutar um pouquinho o seu vizinho e com a ajuda de um terceiro é muito melhor", explicou o advogado Márcio Rachkorsky.



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