Há quase sete anos, o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) realiza atendimentos de média e alta complexidades voltados para pessoas com deficiência física motora no Piauí.
Agora, o Centro passa a atender também pessoas com deficiências auditivas e intelectuais, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down.
Reabilitação. A palavra destaca o objetivo principal do tratamento ofertado pelo Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), que oferece um atendimento multidisciplinar desde 2008 para pessoas com deficiências físicas motoras decorrentes de paralisia cerebral, doenças neuromusculares, malformações congênitas, mielomeningocele, lesões encefálicas adquiridas (causadas por traumatismo crânio-encefálico, acidente vascular encefálico, anóxia cerebral, tumores cerebrais e infecções no sistema nervoso), lesão medular, sequelas de poliomielite e amputados.
A partir de 2015, o Ceir avançou ainda mais os tratamentos e iniciou atendimentos a pessoas com deficiências auditivas em todos os graus: leve, moderado, severo e profundo; e pessoas com deficiências intelectuais, Transtornos do Espectro Autista (TEA) e síndrome de Down.
Segundo a gerente da reabilitação intelectual do Centro, Maria Andréia Marques, o setor, inicialmente, está realizando o processo de triagem dos pacientes que já realizaram suas marcações de consulta. "Cerca de 70 pessoas já realizaram triagem, que consiste na avaliação inicial para identificar se a pessoa realmente necessita da reabilitação oferecida no Ceir.
Caso o paciente seja admitido para realizar a reabilitação, ele segue para as consultas médicas, avaliações globais e, por fim, ao tratamento", explica.
Andréia ainda destaca que "os profissionais do Ceir estão sendo capacitados para atender as pessoas com deficiência intelectual, com TEA e com síndrome de Down.
Neste mês, 37 profissionais da instituição participarão da VII Jornada de Autismo do Piauí, realizada pela Organização de Amigos dos Autistas do Piauí (AMA)", pondera.
A supervisora do Centro de Diagnóstico do Ceir, Hardiane Parente, informa que o Ceir já realizou os seus primeiros moldes de aparelhos auditivos. "Iniciamos os atendimentos a essa deficiência em fevereiro deste ano.
Após passar pela otorrino e realizar os exames com a fonoaudióloga, detectada a necessidade do uso de um aparelho auditivo, o paciente tem seu aparelho confeccionado sob medida e recebe orientações para manuseá-lo. Alguns pacientes já iniciaram esse processo e aguardam o recebimento de seus aparelhos", pontua.
A assistente social Odailma Aragão foi a primeira paciente do Ceir a receber o atendimento do setor de deficiência auditiva. "Em menos de um mês, após a primeira consulta com a otorrino, já realizei os exames e o molde da minha prótese auditiva.
Agora estou aguardando o recebimento do aparelho. Serviço ágil e de excelente qualidade no atendimento", comenta Odailma, que sofre com uma perda auditiva bilateral há 12 anos.
A inclusão do novo serviço é resultado de uma qualificação do Ministério da Saúde que determina o Ceir como Centro Especializado em Reabilitação III (CER).
O termo CER atesta a capacidade de atendimento das instituições que atuam na atenção às pessoas com deficiência no Brasil, em uma escala de I a IV.
Saiba como realizar tratamento no Ceir
Para ter acesso ao serviço de reabilitação ofertado pelo Centro Integrado de Reabilitação às deficiências físicas motoras, auditivas, intelectuais, aos Transtornos do Espectro Autista (TEA) e à Síndrome de Down as pessoas devem procurar a Unidade de Saúde mais próxima de sua residência e fazer uma consulta com um médico do PSF ou credenciado pelo SUS e solicitar o preenchimento da guia de marcação de consultas do SUS.
"Em seguida, a pessoa deve procurar o setor de marcação de consultas online do SUS no posto de saúde ou Secretaria de Saúde do seu município e selecionar o procedimento de triagem da deficiência desejada para a reabilitação no Ceir", explica o superintendente multiprofissional do Ceir, Aderson Luz.
Foto: José Alves Filho