Cientistas dizem ter descoberto a identidade de Jack, o Estripador

Análise de DNA, no entanto, é contestada por outros pesquisadores dos assassinatos que perturbaram as ruas de Londres em 1888.

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Um dos grandes mistérios da história foi Jack, o Estripador, que ficou reconhecido por ter sido um notório serial killer que aterrorizou as ruas de Londres há mais de um século. O mais intrigante dessa história é: nunca ser pego ou ter sua identidade revelada. Mas agora a situação está perto de mudar, de acordo com cientistas que realizaram testes genéticos e publicaram os resultados no Journal of Forensic Sciences.

Os crimes ocorreram no período de 31 de agosto a 9 de novembro de 1888, no qual o assassino fez pelo menos cinco vítimas, todas mulheres: Mary Ann Nichols, Annie Chapman, Elizabeth Stride, Catherine Eddowes e Mary Jane Kelly. Os corpos de Elizabeth e de Catherine foram achados com apenas 45 minutos de diferença.

Os pesquisadores apontam que o assassino era Aaron Kosminski, um imigrante judeu que trabalhava como barbeiro na Inglaterra.

Reprodução

Resultados da pesquisa

Kosminski já era considerado suspeito pelos assassinatos na época, mas essa é a primeira vez que uma prova de DNA ajuda a identificá-lo como culpado. Os resultados vêm por meio de DNA analisado em um xale de uma vítima do assassino, a prostituta Catherine Eddowes, em que foram encontradas manchas descritas como de sangue e sêmen, que foram combinadas com uma análise de DNA de descendentes de Eddowes e Kosminski.

Os testes compararam fragmentos de DNA mitocondrial — a porção do DNA herdada apenas da mãe — recuperados do xale com amostras retiradas de descendentes e foi verificado que o DNA coincide com o de um parente vivo do Kosminki. Outra evidência, apontam os cientistas, é que o assassino tinha cabelos e olhos castanhos, o que certamente não é uma característica única (como admitem os autores em seu artigo), mas eram mais incomuns do que olhos azuis na Inglaterra naquela época.

Neste novo estudo, Jari Louhelainen, um bioquímico da Universidade de Liverpool John Moores, na Inglaterra, e seu colega David Miller, um especialista em reprodução e esperma na Universidade de Leeds, afirmam ter feito "a análise genética mais sistemática e avançada até agora em relação aos assassinatos de Jack, o Estripador".

Reprodução/ Domínio Público

DNA

No entanto, o resultado é contestado por outros cientistas, que acreditam que há uma falta de evidências nos DNAs para afirmar com 100% de certeza que Kosminski era o assassino. Hansi Weissensteiner, especialista em DNA, discorda da análise do DNA mitocondrial, que, segundo ele, só pode mostrar com segurança que pessoas — ou duas amostras de DNA — não estão relacionadas.

"Com base no DNA mitocondrial, só se pode excluir um suspeito", afirma para a Science Mag. Isso significa que o DNA mitocondrial do xale pode ser de Kosminski, mas também pode ter vindo de milhares de pessoas que moravam em Londres na época.

Os críticos também apontaram que não há evidência de que o xale estivesse na cena do crime, além de poder ter sido contaminado ao longo dos anos.



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