A teoria da evolução, de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, representa um dos conceitos fundamentais da biologia. O principal pilar da teoria indica que as espécies mudam ao longo do tempo por meio do processo de seleção natural (este apenas um dos fatores evolutivos). Ao fazer um paralelo com fatores histórico-sociais, percebemos que as primeiras interações sociais remontam aos primórdios da existência humana, quando os primeiros hominídeos começaram a viver em grupo. Essas interações eram fundamentais para a sobrevivência, pois os grupos colaboravam na obtenção de alimentos, na proteção contra predadores e em outras atividades essenciais para a vida. Ainda hoje, interagir e gerar conexões se reflete em questão de sobrevivência.
Estima-se que, inicialmente, os seres humanos viviam isoladamente e, devido às necessidades inerentes à sobrevivência, começaram a se comunicar com outros por meios não verbais, usando gestos, expressões faciais e vocalizações. Os hominídeos de então perceberam, seja por instinto, seja por inteligência, que o estilo de vida isolado não mais lhes serviria. Era preciso se unir a outros para poder gerar mais força e colaborar. Foi o início do que hoje chamamos de sociedade. E assim é até hoje: a necessidade de sobrevivência nos guia à conexão.
Podemos entender sobrevivência de diversas formas, desde a mais básica, relacionada à vida, à sobrevivência profissional ou empresarial, no caso da perpetuação de uma carreira ou de um negócio. Falando especificamente da seara do empreendedorismo, fica nítido que, primeiramente, ninguém faz nada sozinho. Não há empresa formada por um único homem. Nem mesmo profissionais liberais atuam de forma 100% independente. Precisamos uns dos outros.
Costuma-se chamar essa prática de gerar conexões profissionais (ou meramente sociais) de networking. E sim, esse é um dos pilares de uma carreira bem construída ou de um negócio com potencial de expansão. O networking permite abrir novas frentes, alcançar oportunidades, conhecer pessoas e talentos que somem ao seu propósito. Agora, há sempre que ter em mente que o networking não é mera troca de cartões ou favores. É preciso ser honesto, genuíno, altruísta. O bom networking é a arte de “ser interessante sem ser interesseiro”, ou seja, não buscar uma conexão por mero interesse, mas com disponibilidade para também fornecer algo.
Não somos ilhas, tampouco podemos progredir sozinhos. É preciso estar junto, contar com outras pessoas, ter contatos. Uma rede de networking bem construída é fator primordial de sucesso para profissionais e empresas. Ignorar essa rica ferramenta empresarial é limitar sua capacidade de crescimento, perder oportunidades e, em última análise, destinar-se ao fracasso.
Janguiê Diniz - Fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional, Fundador da JD Business Academy, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo e da ABMES - Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior