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Três ministros entre os 24 mortos em ataque suicida na Somália

A explosão ocorreu num salão do hotel Shamo, que estava lotado devido à cerimônia de formatura de estudantes.

| Farah Abdi Warsameh/AP

No dia 03 de Dezembro de 2009, há exatos 10 anos, um suicida disfarçado de mulher detonou explosivos que levava presos ao corpo e matou pelo menos 24 pessoas em Mogadíscio, capital da Somália, incluindo três ministros do país africano.

A explosão ocorreu num salão do hotel Shamo, que estava lotado devido à cerimônia de formatura de estudantes de medicina de uma universidade local. De acordo com o ministro da Informação somali, Dahir Mohamud Gelle, o suicida usava uma roupa de mulher "completa, com um véu e sapatos femininos".

Crédito: Feisal Omar/Reuters

Dos cinco ministros que participavam da cerimônia, morreram a ministra da Saúde, Qamar Aden Ali, o ministro da Educação, Ahmed Abdulahi Waayeel, e o ministro da Educação Superior, Ibrahim Hassan Addow. Três jornalistas também estariam entre os mortos.

O corresponde da BBC disse ter visto vários corpos colocados no chão, do lado de fora do hotel, que fica no centro da capital somali.

Crédito: Farah Abdi Warsameh/AP

Também segundo Hassan, havia poucas forças de segurança dentro do hotel - os guarda-costas dos ministros estavam todos do lado de fora. O presidente da Somália, Sharif Sheikh Ahmed, descreveu o ataque como um "desastre nacional".

Pouca segurança

De acordo com o correspondente da BBC para o leste da África Will Ross, o alvo do ataque pode ter sido o grupo de autoridades do governo de transição da Somália.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas grupos islâmicos lutam contra o governo da Somália, que conta com o apoio da ONU. Estes grupos controlam várias áreas do país.

Crédito: Farah Abdi Warsameh/AP

As tropas do governo são frequentemente atacadas pelo grupo militante Al-Shabab, que é suspeito de ter ligação com a organização Al-Qaeda.

O Shamo é um dos hotéis mais usados pelos poucos estrangeiros, funcionários de entidades humanitárias, jornalistas e diplomatas que visitam Mogadíscio. Ele fica em uma das pequenas áreas da cidade controlada pelo governo, a apenas um quilômetro de uma base da força de paz da União Africana.

O comandante interino da força, Wafula Wamunyini, condenou o ataque, afirmando que o objetivo foi "intimidar e chantagear" o governo. A Somália vive sem a autoridade de um governo central desde 1991. Um governo nacional apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) controla apenas partes da capital do país.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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