A China lançou até agora sua maior operação de semeadura de nuvens, aumentando em 20% o uso da técnica em 2025, segundo a agência estatal Xinhua via Bloomberg. Mais de 500 milhões de m³ de água foram gerados em uma semana com tecnologia climática, e os efeitos vão muito além das fronteiras do país.
De acordo com uma declaração do Conselho de Estado, a China desenvolveu um “sistema de modificação do clima desenvolvido”, graças aos avanços em pesquisas fundamentais e tecnologias-chave, bem como melhorias na “prevenção abrangente contra riscos”.
Nos próximos cinco anos, a área total coberta por chuva artificial ou neve chegará a 5,5 milhões de km², enquanto mais de 580.000 km2 serão cobertos por tecnologias de supressão de granizo.
O comunicado acrescentou que o programa ajudará no socorro a desastres, produção agrícola, respostas emergenciais a incêndios em florestas e pastagens e no enfrentamento de altas temperaturas ou secas.
No caso da agricultura, o projeto tem potencial de, inclusive, transformar áreas não agricultáveis em lavouras produtivas para atender o mercado interno chinês. O país é, atualmente, o maior importador global de diversos itens agrícolas, como soja, carnes e outros.
A China utiliza técnicas de controle do clima há bastante tempo para proteger áreas agrícolas e garantir céu limpo para eventos importantes. Por exemplo, o país “semeou nuvens” antes das Olimpíadas de Pequim de 2008 para reduzir a poluição e evitar a chuva antes da competição.