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Pesquisador francês investe na produção de tomate na Chapada da Ibiapaba

Ele divide seu tempo entre Paris e São Benedito, acompanhando o crescimento de seu projeto, que tem avançado rapidamente.

Pode parecer uma região agrícola da Europa, mas é uma área da Serra da Ibiapaba, onde cresce o cultivo protegido da horticultura | Divulgação

Regis Molenat, agrônomo francês especializado em horticultura e com foco na produção de tomates, descobriu o Ceará em 2010, encantando-se com a beleza da Chapada da Ibiapaba e a qualidade do solo e clima da região. A convite do empresário Carlos Prado e de Zuza de Oliveira, Molenat se uniu ao projeto de produção de tomates em São Benedito, na serra ibiapabana, e depois colaborou com Edson Brok, produtor de bananas na Chapada do Apodi, com quem mantém vínculo até hoje. Ele divide seu tempo entre Paris e São Benedito, acompanhando o crescimento de seu projeto, que tem avançado rapidamente, aproveitando as vantagens naturais da região.

Recentemente, Molenat compartilhou suas impressões sobre o Ceará em suas redes sociais, elogiando a evolução da infraestrutura, como a duplicação das rodovias litorâneas que ligam Fortaleza a Aracati e Camocim. Em sua opinião, tanto investidores quanto turistas têm a mesma percepção: o Ceará é um excelente local para projetos agropecuários, incluindo hortifruticultura. O clima, o solo fértil, o acolhimento e a dedicação do povo cearense, que se adapta a qualquer atividade econômica, são fatores que o atraem.

Cultivo na Serra da Ibiapaba - Foto: Divulgação

No entanto, Molenat destaca a preocupação crescente com a segurança pública, uma questão levantada por investidores. Apesar disso, ele acredita que o Ceará continua sendo um estado atraente para o investimento privado. Ele expressa sua gratidão aos que o convidaram a investir no estado e afirma sua vontade de continuar no Ceará por muito tempo.

Molenat ressalta o avanço das empresas privadas no setor agropecuário e pecuário cearense, que têm investido em tecnologia e inovação. Ele cita como exemplo a apicultura, que viu sua produção de mel crescer significativamente, e o cultivo protegido na Ibiapaba, resultado de um esforço exclusivamente privado. O governo estadual prometeu, há três anos, a construção de um Centro de Tecnologia para o Cultivo Protegido em Barbalha, mas até agora não cumpriu a promessa.

Ele observa que, embora ainda haja muito a ser feito, a evolução de alguns setores da agropecuária no Ceará é impressionante, e ele se sente satisfeito por ter escolhido o estado para investir.

Jorge Parente, sócio e membro do Conselho de Administração da Alvoar, uma das maiores empresas de lácteos do Brasil, se entusiasma com as declarações de Molenat, a quem considera uma referência na área da horticultura. Parente destaca a importância de Molenat, que é visto como um pesquisador relevante na melhoria da produção hortifrutícola. Na Europa, profissionais como Molenat, conhecidos como “melhoristas”, têm a missão de ampliar e melhorar a produtividade da fruticultura e horticultura por meio de pesquisas.

Há 15 anos, Regis Molenat tem contribuído para o desenvolvimento da horticultura no Ceará. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará, Amílcar Silveira, complementa, lembrando outro exemplo de sucesso: “O Ceará tem a sorte de contar com dois Regis: Molenat, que produz tomate com sementes francesas selecionadas e melhoradas por ele, e Fábio Régis, que está transformando a bananicultura e o cultivo protegido de tomate em Missão Velha, no Cariri”.

Assim, é possível afirmar que o melhor do Ceará é o cearense, agora com o apoio de expertise estrangeira.

As informações são do Diário do Nordeste

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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