Com exportações em alta, preço da carne aumenta quase 50% em Teresina

Nos últimos 60 dias a carne aumentou aproximadamente 47% no mercado

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A região do grande Dirceu, localizado na zona Sudeste de Teresina, também é conhecida pela população local por oferecer ótimos preços nas carnes bovinas. O valor praticado varia em torno de R$ 29 a R$ 38. No entanto, a alta bateu na porta dos consumidores acostumados com um valor do quilo da carne estável. 

Nos últimos 60 dias a carne aumentou aproximadamente 47%  no mercado, informou um proprietário de três açougues na região. Isso é resultado do aumento das exportações, explica Areolino Ferraz

“Quando a carne aumenta o perfil das exportações, automaticamente o produtor de carne bovina não deixa de vender para o mercado de fora. O mercado nacional é menos vantajoso para ele”.

Crédito: José Alves Filho

O que é deixado no Brasil, de acordo com o empresário, é o pior produto do mercado nacional, tendo em vista que a carne de primeira vai para o exterior. “Se o governo não intervir no sistema de taxação das importações, a tendência é aumentar cada vez mais o preço da carne bovina no mercado”, disse. 

Areolino trabalha há 28 anos com carnes advindas diretamente do fazendeiro, e relata que esse é um dos maiores aumentos que já vivenciou  “Nunca tinha visto uma alta tão absurda quanto agora. O que escutamos dos fazendeiros e agricultores é que com o aumento da exportação, a carne está faltando no mercado nacional”, disse.

O motivo do crescimento ao longo do ano foi estratégico para gerar economia no bolso dos produtores. O pecuarista, no primeiro semestre do ano, resolveu diminuir os custos de produção. Ou seja, os criadores atrasaram o confinamento dos animais, onde o gado entra em uma dieta de engorda para o abate, adiando a chegada do boi ao frigorífico. 

Na hora da compra, percebe-se uma maior solicitação de frangos e suínos. A carne bovina está em menos quantidade nas sacolas da população. 

Maria Sheila, autônoma, costuma comprar uma carne mais em conta, mas dessa vez levou apenas frango. “Hoje está difícil comer carne na semana. Prefiro comprar frango e deixar para comer carne quando está em uma preço melhor”, explicou.

A questão da alta foi ampliada com uma maior pedido da China para a compra de carnes brasileiras, principalmente a bovina; o preço da arroba do boi gordo subindo de modo exorbitante e a pequena oferta de bezerro, que não está acompanhando a demanda dos produtores e da indústria. O problema da alta de preços não para na carne bovina. Como os consumidores optaram por uma opção mais barata, como frango, porco e ovos fez com que o preço dessas proteínas também elevarem. 



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