Com o PT, Maia fecha bloco de partidos contra candidatura de Lira

O grupo de Maia é formado pelas bancadas de DEM, PSDB, MDB, PSL e Cidadania, ao centro e à direita, além de PT, PSB, PDT e PCdoB, PV e Rede, à esquerda.

Rodrigo Maia | Divulgação
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou a formação de um bloco de 11 partidos de centro, de direita e de esquerda para apresentar uma candidatura ao comando da Casa, nas eleições que acontecem em 1º de fevereiro. O candidato ainda não foi definido, e os mais cotados hoje são Baleia Rossi (MDB-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). 

"Este grupo que hoje se apresenta tem muitas diferenças, sim, porque, diferentemente daqueles que não suportam viver no marco das leis e das instituições e que não suportam o contraditório, nós fortalecemos nas divergências, no respeito na civilidade e nas regras do jogo democrático", disse Maia na tarde de hoje.

O futuro candidato endossado por Maia enfrentará Arthur Lira (PP-AL), que por sua vez tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de ao menos 190 deputados.

Quem apoia quem 

O grupo de Maia é formado pelas bancadas de DEM, PSDB, MDB, PSL e Cidadania, ao centro e à direita, além de PT, PSB, PDT e PCdoB, PV e Rede, à esquerda. O PSOL deve lançar candidato próprio, mas o apoio a Maia contra Lira no segundo turno é certo.

Os 11 partidos que apoiam o bloco têm juntos 281 deputados. Para ganhar a eleição no primeiro turno, é preciso de 257 votos. No entanto, em votações secretas, não é possível garantir não haverá traições. Num segundo turno contra Lira, o bloco espera ter o apoio de dez votos do PSOL. 

O bloco de Lira tem é formado por partidos como PP, PSD, PL, Avante e Republicanos. Outro candidato à sucessão é o Capitão Augusto (PR-SP).

O presidente Bolsonaro apoiou a eleição de Maia em 2019, mas eles se tornaram adversários ao longo dos últimos dois anos. O mais recente capítulo da disputa não completou nem 24 horas: ontem presidente decidiu culpar Maia de barrar o pagamento do 13º do Bolsa Família, quando, na verdade, o governo fez um acordo para que a medida não prosperasse. Hoje chefe da Câmara chamou Bolsonaro de mentiroso no plenário. 

Em recado ao presidente, embora não tenha citado nominalmente Bolsonaro, Maia disse que o bloco que o apoia se uniu contra o "negacionismo", as fake news e o "autoritarismo".

"Essa não é uma eleição entre candidato A e B, é uma eleição entre ser livre ou subserviente, ser fiel à democracia ou aliado do autoritarismo, ser parceiro da ciência ou se conivente com o negacionismo, ser fiel aos fatos ou devoto das fake News. É por isso que hoje nos unimos", afirmou o presidente da Câmara. 

Maior bancada da Câmara, com 54 deputados, o PT disse que a oposição quer apresentar um candidato, apesar da preferência por Baleia Rossi e Aguinaldo Ribeiro e pediu o apoio do PSOL ao bloco.

"Achamos que isso é fundamental. A composição do bloco não determina a adesão a uma candidatura que está sendo colocada, temos muito respeito pelo nosso colega Aguinaldo, também pelo Baleia Rossi, mas a oposição construirá um nome para apresentar ao bloco também como alternativa", afirmou Gleisi Hoffmann, ao lado de Maia. 

O PSL, que tem a segunda maior bancada, com 53 deputados estava na mira de Lira nos últimos dias, mas fechou com Maia hoje.

O presidente do partido, Luciano Bivar, afirmou hoje que a legenda, que já abrigou Jair Bolsonaro e seus filhos, é "contra os radicalismos e intransigentes aos princípios." 

"Temos uma pauta comum, que é o respeito as instituições deste país, que é o respeito a liberdade, a uma sociedade livre", disse Bivar.



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