Como o adolescente com acne é visto pela sociedade

A médica psiquiatra apresentou a metodologia da pesquisa que ouviu 1.000 adultos e 1.000 adolescentes

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A psiquiatra Dra. Eva Ritvo, vice-presidente e professora associada do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Miller, da Universidade de Miami/EUA, em visita ao Brasil pela primeira vez, participou de um debate na última quinta-feira, dia 22/04, com a imprensa brasileira sobre ?Os comportamentos sociais em relação à acne?.

O chat, que teve duração de uma hora, com os jornalistas que cobrem temas voltados às áreas de saúde, beleza, comportamento e ciência abordou o recente estudo elaborado pela doutora Eva em parceria com a American Acne & Rosacea Society (AARS): a percepção que a sociedade tem em relação ao jovem com acne.

A médica psiquiatra apresentou a metodologia da pesquisa que ouviu 1.000 adultos e 1.000 adolescentes entre 13 e17 anos, sendo 50% mulheres e 50% homens. O assunto, que despertou grande interesse dos participantes, envolveu todos os aspectos dos impactos emocionais do jovem adolescente com acne, incluindo a importância da participação dos pais para o sucesso dos tratamentos. ?Os pais são muito importantes, pois eles têm que educar os filhos adolescentes que acne é uma doença que deve ser tratada e tem o papel fundamental de levá-los ao dermatologista para seguir um tratamento adequado para a acne?, destacou a doutora.

Viver numa sociedade tão preocupada com a imagem foi outro ponto abordado no debate, como sendo uma das maiores dificuldades pelas quais os adolescentes com acne atravessam. ?Acredito que seja porque as pessoas procuram pela beleza quando olham para os outros e no momento que o indivíduo se torna adolescente ele, que possuía uma pele bonita e sem sinais, passa a apresentar as marcas da acne e a primeira coisa que chama a atenção das pessoas ao olhar para esses indivíduos são os pontos vermelhos presentes lá. A acne distrai a atenção dos pontos belos e fortes do rosto do indivíduo?, alerta a psiquiatra, Dra. Eva Ritvo.

Dra. Eva também apresentou as conclusões obtidas pelo estudo. De acordo com o levantamento, a baixa autoestima dos filhos dificulta a interação na socieadade e pode refletir nos relacionamentos sociais e amorosos. O estudo ainda apontou que os jovens com acne têm maior probabilidade de serem percebidos como tímidos, nerds e solitários. Já os adolescentes que possuem a pele limpa e livre de acne são facilmente caracterizados como felizes, inteligentes e divertidos.

?Os adolescentes são sensíveis emocionalmente a fatores variáveis, mas algumas frases ou atitudes podem chamar atenção para que a acne seja o gatilho para essa baixa autoestima, por exemplo: não querer sair da casa porque se sente feio, não querer ir a festas ou sair com amigo?, conta a doutora. Situações que causam contrangimento podem afetar diretamente o emocional dos adolescentes.

A pesquisa realizada pela Dra. Eva Ritvo mostra todas as dificuldades que o adolescente com acne encontra. Lidar com uma doença tão comum e tão complicada envolve diversas questões que, às vezes, afetam demais a fase adolescente. Uma época, em que diversas mudanças acontecem no organismo e, por isso, procurar ajuda médica e contar com o apoio dos pais é extremamente importante. ?A adolescência já é uma fase da vida turbulenta o suficiente sem o estresse da acne, por isso, orientamos que pais e adolescentes que têm a doença a vejam como uma condição médica que deve ser tratada adequadamente pelos dermatologistas?, completa Dra. Eva Ritvo.



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