Delegacia para investigar desaparecimentos é criada em Teresina

10 Casos de desaparecidos foram atendidos em janeiro.

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A Delegacia de Pessoas Desaparecidas já está funcionando em Teresina desde janeiro deste ano e atendeu dez casos de desaparecimentos até o momento. O delegado Walter Cunha, titular da instituição especializada, falou em primeira mão sobre a criação da nova delegacia no programa Diálogo Franco, da Rádio Jornal Meio Norte (90,3).

Em entrevista para o jornalista Dânio Sousa, o delegado da Polícia Civil, Walter Cunha, explicou que a criação foi motivada pelo caso de desaparecimento de Camilla Abreu, vítima de feminicídio, foi assassinada por Allisson Wattson e ficou desaparecida por uma semana. "A Delegacia de Pessoas Desaparecidas funciona como uma divisão do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que criou a nova delegacia devido à grande demanda. Mesmo alguns desses casos não ganharem visibilidade, pela preocupação com a privacidade das vítimas, existem alguns casos que ganham notoriedade por conta da gravidade, como foi o caso da jovem Camilla Abreu, que foi um dos casos que demonstraram a necessidade de uma delegacia especializada", explicou.

No Piauí existe um número expressivo de casos de pessoas desaparecidas. Os casos não costumam ganhar tanto reconhecimento público para não expor a privacidade das pessoas envolvidas.  "Nós fazemos um trabalho de investigação colhendo informações com a família da vítima e quando localizamos os desaparecidos, os motivos costumam ser problemas mentais, entrada em clínicas de tratamento para dependente químicos, ameaças, por darem entrada em hospital ou serem presas. Muitas pessoas querem esconder da família os motivos", relatou o delegado.

Walter Cunha, delegado de Pessoas Desaparecidas - Foto: Waldelúcio Barbosa

Como funcionam as investigações?

A família deve se dirigir até o DHPP com foto, informações da pessoa desaparecida e fazer o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Pessoas Desaparecidas.  "Com as características e informações do desaparecido, nós começamos pelas piores hipóteses e vamos eliminando-as conforme as informações que vamos colhendo. Primeiro é feito um trabalho de pesquisar pelas informações em base de dados de hospitais, delegacias, para logo após iniciarmos o trabalho de campo, onde refazemos os passos do desaparecido até encontra-lo. A delegacia funciona de forma experimental desde janeiro e já atendemos 10 casos com resolução quase integral", destacou Walter Cunha.  



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