Demora matou feto em briga de médicos em MS

A confusão ocorreu quando Gislaine estava na sala de parto, pronta para ter o bebê

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A biópsia na placenta da costureira Gislaine de Matos Rodrigues feita na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo atestou que a demora no parto provocou a morte do feto durante uma briga de médicos, em fevereiro, no Hospital Municipal de Ivinhema (MS). O resultado do laudo foi divulgado pela Polícia Civil nesta sexta-feira (26).

A confusão ocorreu quando Gislaine estava na sala de parto, pronta para ter o bebê. Ela disse que os dois médicos começaram a brigar e um terceiro profissional foi chamado para realizar o procedimento. A criança nasceu morta.

Segundo o delegado Lupérsio Degerone, responsável pelo inquérito policial, o documento mostra que "houve sofrimento fetal agudo e que o feto se debateu por falta de espaço para nascer".

Degerone informou ainda que o laudo será encaminhado para o Núcleo de Medicina Legal de Nova Andradina (MS). "O exame, o prontuário da gestante e o primeiro laudo da necrópsia servirão de base para a confecção do laudo final e conclusivo", disse o delegado ao G1. Ele pretende indiciar os dois médicos por aborto com dolo eventual.

O delegado disse que a questão de falha ética dos dois médicos será avaliada pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul. Um dos médicos, que estava de plantão, disse que foi agredido pelo colega que realizou o pré-natal e que teria sido convidado pela costureira para fazer o parto.

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