DNA Forense passa a funcionar em março

Atualmente, apenas cinco estados, entre eles o Piauí, não fazem parte dessa rede integrada de bancos de perfis genéticos

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O trabalho da perícia criminal do Piauí será melhorado a partir de março deste ano, com a previsão da chegada do Banco Genético com Instituto de DNA Forense. Assim que começar a atuar, o órgão vai formar um banco de dados de material biológico que ajudará os trabalhos da perícia criminal a identificar autores de crimes no estado. Além disso, o banco fará com que o Piauí se junte à rede integrada de bancos de perfis genéticos, permitindo integrar o trabalho com outros estados. Atualmente, apenas cinco estados, entre eles o Piauí, não fazem parte dessa rede.

O banco genético faz parte de uma estratégia nacional para auxiliar na resolução de casos da polícia. A delegada Eugênia Villa destaca que todos os tipos de crimes que deixem vestígios materiais serão levados até o instituto, contribuindo para a ampliação do banco de dados. Atualmente, o estado já recebeu duas remessas de equipamentos que irão compor o instituto. Os aparelhos estão orçados em R$ 3 milhões e vão permitir traçar um perfil genético dos envolvidos em um crime a partir do material biológico coletado pela perícia.

Delegada Eugênia Villa | Crédito: Raíssa Morais

“Além de ajudar na resolução de crimes locais, os dados coletados e os perfis formados irão alimentar um sistema nacional que integra todos os estados. Nós recebemos os equipamentos e agora iremos instalá-los em uma sede própria, que será localizada no antigo prédio do Plamta. O prédio está em reforma para ser adaptado a sua nova função”, fala a delegada.

Com a alimentação do sistema nacional pelos perfis genéticos gerados em cada instituto de DNA, fica possível comparar os perfis pesquisados em qualquer um dos estados que fazem parte da rede, permitindo identificar ocorrências de diferentes estados que foram praticadas por um mesmo indivíduo. “Poderemos então elucidar crimes de personagens que estejam atuando tanto aqui como em outros locais, o que só contribuirá para investigação e julgamento de casos, já que serão evidências quase que irrefutáveis sobre a relação da pessoa com o crime”, explica Eugênia Villa.

Ela exemplifica: “O Caso de castelo por exemplo, só foi definido através da análise de material genético encontrado naquela cena trágica. Com o banco de perfis poderíamos identificar se Adão já se envolveu em outros casos conhecidos e registrados pelo país, aumentando ainda mais os elementos que podem ajudar na sua condenação. É realmente uma evolução para o trabalho criminal no estado”.

Banco de dados agilizará investigações

Duas peritas já foram selecionadas para coordenar as atividades do instituto assim que ele iniciar o seu funcionamento. A perita criminal Adilana Soares é uma dessas profissionais e explica que assim que iniciar os trabalhos, o Instituto de DNA irá agilizar as demandas da perícia criminal, ajudando a reduzir o tempo de resolução de alguns casos. “Primeiramente nós vamos cadastrar todo o material biológico que já temos no nosso sistema atual, ajudando a criar um banco de dados dentro do instituto de DNA Forense. Esse órgão deixará mais rápido os trabalhos da perícia e aumentará a resolutividade de casos, através da identificação de suspeitos”, explica.

Adilana aponta ainda que atualmente apenas 5% dos casos têm resolução através da análise de material biológico, sendo que o Piauí precisa buscar outros estados para fazer as análises. “Com o laboratório, as análises serão feitas no próprio estado, a taxa de conclusão será ampliada e análises que demoram geralmente 12 meses para serem concluídas terão um tempo de espera reduzido de 15 dias a um mês, dependendo da complexidade da análise”.

Além do preparo das instalações do instituto, a delegada Eugênia Villa destaca ainda que no momento também estão sendo definidos os procedimentos operacionais que devem ser adotados no momento de encaminhar materiais genéticos para a análise, garantindo que o material seja adequado para os procedimentos. “É preciso destacar que essas análises não estão invadindo a privacidade de ninguém, uma vez que, não é o objetivo do instituto divulgar informações sobre os donos dos materiais genéticos analisados. Os dados recolhidos servirão apenas como uma identificação de possíveis culpados pelos crimes investigados”, fala a delegada. (J.M.F.)



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