Doença misteriosa causa queda de 70% na venda de peixes em Salvador

Boato de que os peixes transmitem a doença amedronta a população

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A hipótese de que o consumo de peixe vem causando uma doença misteriosa em Salvador provocou uma redução de quase 70% nas vendas de pescado, principalmente no litoral Norte, região de praias famosas e bem freqüentadas neste verão.

A informação foi divulgada pela Federação dos Pescadores e Aquicultores do Estado da Bahia (Fapesba), que emitiu, nesta quarta-feira (21), uma nota onde “condena o boato” de que a causa da doença é o pescado em geral.

De acordo o presidente da Fapesba, Raimundo Costa, os boatos alimentam o pânico na população, que deixa de consumir peixes e causa impacto na renda dos trabalhadores que têm a pesca como fonte de renda, sobretudo, no período da alta estação, que começa agora em dezembro.

“Nós já estamos passando por uma crise financeira nacional, e essa informação em plena véspera de Natal, Ano Novo, chegada do verão e o fluxo de turismo aumentando, impacta qualquer comércio ligado ao pescado. Isso interferiu na economia dos trabalhadores e na economia do estado também, sobretudo, de Salvador”, argumenta.

Dores musculares e febre

Até ontem (20), a Secretaria de Saúde da Bahia havia notificado 22 pessoas com fortes dores musculares, sem relatos de dores de cabeça ou febre e com identificação de urina preta , além de insuficiência renal em alguns pacientes.

A Fapesba destacou, na nota de hoje, que os casos registrados estão sendo investigados pelo Laboratório de Virologia da Universidade Federal da Bahia, que identificou a presença de vírus nas amostras de sangue dos pacientes.

O pesquisador do laboratório, Gúbio Soares, afirmou que as causas dos sintomas devem ser confirmadas até o fim do ano. Ele opinou que a associação da doença ao consumo de peixes é precoce, argumento utilizado, também, pela Fapesb.

Ao fim da nota, a Federação dos Pescadores diz que a população é advertida sobre o consumo de peixes, que não apresentam riscos comprovados, quando manuseados e conservados de forma higiênica e adequada. O texto reitera a importância de se comer peixes e acrescenta que “sua vulnerabilidade à contaminação é a mesma de qualquer outro alimento”.



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