Sócio da boate Kiss que estava sumido se entrega e é 4º preso após incêncio que matou 231 pessoas

A prisão temporária de cinco dias foi decretada pelo juiz Regis Adil Bertolin

Incêndio em boate deixou mais de 230 mortos | Terra
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Mauro Hoffmann, sócio da boate Kiss que tinha prisão temporária decretada, se apresentou à polícia na tarde desta segunda-feira (28). O incêndio na boate deixou 231 mortos na madrugada de domingo na cidade de Santa Maria.

Segundo o chefe de polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, Hoffmann está na Delegacia Regional de Santa Maria prestando depoimento sobre o incêndio.

A prisão temporária de cinco dias foi decretada pelo juiz Regis Adil Bertolin durante a madrugada desta segunda.

Pela manhã, a polícia prendeu um dos donos da boate, Elissandro Calegaro Spohr, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz.

Spohr, conhecido como Kiko, está um hospital de Cruz Alta sob custódia, em estado regular por ter inalado fumaça e deve seguir internado por dois dias. Depois, será encaminhado para Santa Maria. O vocalista e um responsável pela segurança do palco da banda foram detidos na cidade de Mata.

O advogado Jader Marques, que representa Spohr, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha antes da prisão que o dono da boate foi a Cruz Alta para se submeter a um tratamento de desintoxicação e que a viagem foi informada às autoridades. Ele também disse que seu cliente prestou todo o atendimento às vítimas.

"Esta tragédia também está marcando o Kiko e toda a sua família. Todas as pessoas naquela boate eram amigas dele. Ele esteve lá recebendo, atendendo. Perdeu funcionários", disse o advogado.

Depoimento

Em depoimento à Polícia Civil, Sphor disse que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. Ele também culpou a banda Gurizada Fandangueira pelo início do incêndio, segundo o delegado Sandro Meinerz.

O dono da boate Kiss também negou tenha ordenado aos seguranças que impedissem a saída dos jovens da festa na hora que o fogo começou. Sphor, que estava na boate quando a tragédia ocorreu, negou ainda ter retirado do local o computador que armazenava as imagens gravadas pelas câmeras de segurança da boate. O gravador sumiu do local, segundo Meinerz, responsável pelo caso.

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