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20 municípios do Piauí recebem fábricas móveis; 2 mil famílias serão beneficiadas

Entre as beneficiadas está a Associação do Quilombo Sumidouro, no município de Queimada Nova, que reúne cerca de 70 famílias.

Codevasf entrega unidades móveis para produção de farinha de mandioca no Piauí. | Foto: CODEVASF/DIVULGAÇÃO
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Na manhã desta segunda-feira (14), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) promoveu uma cerimônia na zona Sul de Teresina para oficializar a entrega de 20 unidades móveis de fabricação de farinha. O investimento de R$ 3,3 milhões, provenientes do Orçamento Geral da União, tem como objetivo atender cerca de duas mil famílias de produtores de mandioca em todo o Piauí.

As unidades são montadas sobre carretas rebocáveis, equipadas com maquinário completo para transformar a mandioca em farinha e goma. De uso prático e com baixa demanda operacional, cada estrutura pode processar até mil toneladas por dia.


Ações que fortalecem comunidades rurais

O evento reuniu representantes de prefeituras, associações comunitárias, vereadores, prefeitos e outras lideranças políticas. Os convidados puderam ver de perto o funcionamento das fábricas móveis e conhecer todas as fases do beneficiamento da mandioca, base da alimentação em diversas regiões piauienses.

Foram contempladas 13 prefeituras e sete associações comunitárias dos municípios de Assunção do Piauí, Cajazeiras, Campinas do Piauí, Caxingó, Cocal de Telha, Colônia do Gurgueia, Curimatá, Curral Novo, Inhuma, Itaueira, Lagoa Alegre, Lagoa do Piauí, Monsenhor Hipólito, Paes Landim, Pedro Laurentino, Queimada Nova, Santa Rosa, Santana do Piauí, São Braz e Simplício Mendes.


Transformação na prática: caso do Quilombo Sumidouro

Entre as beneficiadas está a Associação do Quilombo Sumidouro, no município de Queimada Nova, que reúne cerca de 70 famílias. A presidente da entidade, Lucicleia Dominiciano dos Santos, celebrou o fim da dependência de equipamentos emprestados:

“Utilizávamos todo o maquinário do vizinho para extrair os produtos da mandioca, entre quatro e dez sacos de farinha, e ainda tínhamos de deixar metade dessa produção com ele. Agora, com os equipamentos doados pela Codevasf, tudo que geramos será nosso, com mais produtividade e renda”.


Facilidade operacional e ganhos sociais

De acordo com o superintendente da Codevasf no Piauí, Marcelo Castro Filho, a chegada das fábricas móveis deve eliminar longos deslocamentos dos agricultores e ampliar a produtividade com mais higiene e menos esforço físico:

“É uma tecnologia simples, porém eficaz e de fácil utilização, que pode ser levada até a porta do mandiocultor. Nela, a comunidade faz a farinha e a tapioca na mesma estrutura física, usufruindo de equipamentos dimensionados para facilitar a operação sem demandar grande esforço físico, necessitando apenas de duas pessoas para realizar o processamento da mandioca. Com mais higiene e produtividade, o trabalhador incrementa a renda, conquista novos mercados e vive melhor”.


Estrutura completa e economia de energia

As chamadas Casas da Farinha Móvel reúnem em uma plataforma rebocável todos os itens essenciais para o beneficiamento: lavador, descascador, ralador, triturador, prensa hidráulica, forno para torrar a farinha, peneira e extratora de fécula, além de dois reservatórios de água com 500 litros cada. A produção diária pode chegar a até 15 sacos de 50kg.

Entre as vantagens imediatas da tecnologia estão o baixo consumo de energia elétrica, a ausência de necessidade de construção civil, a mobilidade da estrutura e o ganho de tempo e saúde para os agricultores, que passam a produzir mais e com melhor qualidade, diretamente na roça.

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