5,7 mil empregos gerados no Ceará

O melhor resultado, na série, foi de junho do ano passado: 9.563 postos

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O mercado de trabalho no Ceará gerou 5.752 vagas com carteira assinada em junho passado, o segundo melhor resultado para o mês, de acordo com a série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram 32.357 admissões e 26.605 desligamentos.

O melhor resultado, na série, foi de junho do ano passado: 9.563 postos. Com esta comparação, o coordenador de Estudos e Análise de Mercado do IDT (Instituto de Desenvolvimento do Trabalho), Erle Mesquista diz que o mercado continua contribuindo com a geração de emprego, mas em ritmo menor que o de 2008.

O recente desempenho mensal foi proveniente da expansão principalmente nos setores da indústria de transformação (2.295 postos) e da construção civil (1.424). Esses números, no entanto, representam quedas de 28% e 41,5%, respectivamente, ante junho de 2008.

No acumulado do ano, o saldo de empregos no Estado é de 5.173 vagas, uma queda de 50,6% em relação ao primeiro semestre do ano passado (quando foram gerados 10.483 novos postos). O desempenho, no entanto, conseguiu reverter o saldo negativo no ano. Até maio, o Estado registrava um déficit de 579 empregos.

Nos 12 meses, no Ceará, são 36.131 postos, alta de 4,5%, o melhor saldo do Nordeste.

POR SETOR

?Alguns setores contribuíram mais, como indústria e serviços. Outros estão em queda, como a agropecuária e o comércio. A administração pública segue estável?, avalia Erle Mesquita.

O setor industrial apresenta crescimento de 44% no saldo de vagas, com 3.041 postos no primeiro semestre deste ano. A maior influência no resultado da indústria vem do segmento calçadista, que criou 5.276 vagas no semestre. ?Isso reflete uma tendência da indústria que está antecipando o ciclo de contratacao, para o fim do primeiro semestre?, explica Mesquista. As contratações e desligamentos no setor de serviços registra saldo de 7.679, um incremento de 30,4%.

Para o coordenador de Estudos do IDT, o período de alta estação de férias favoreceu o crescimento de empregos.

Em desaceleração, nos seis meses, mas com números positivos, estão a atividade extrativa mineral (que anota um saldo de cinco vagas no primeiro semestre, mas em igual período do ano passado, foram 87 postos) e a construção civil (com saldo atual de 1.280, mas eram 4.797 em 2008).

Com saldo negativo, estão o comércio (-747 postos) e a agropecuária (-6.209). Na análise de Erle Mesquista, o setor agropecuário foi penalizado pelo cenário turbulento da economia e pela quadra invernosa prolongada neste ano.

De acordo com ele, o saldo de emprego deve continuar subindo no segundo semestre. ?O ritmo de crescimento deve ganhar intensidade?, projeta.

POR MUNICÍPIOS

A região metropolitana de Fortaleza registrou geração de 3.587 empregos formais em junho, queda de 34% ante igual mês do ano passado, mas também o segundo melhor desempenho da série histórica do Caged.

A Capital é responsável por 2.465 vagas de saldo, a maior contribuição para o Estado.

No ranking dos municípios cearenses, em segundo lugar aparece Sobral com a criação de 1.297 novos postos, seguido por Horizonte (464), Eusébio (328), Aquiraz (312), Aracati (174), Maranguape (174), Pacajus (119), Juazeiro do Norte (91), Pentecoste (69).

MELHOR DESEMPENHO

Entre os estados brasileiros, Minas Gerais e São Paulo foram os que registraram o melhor desempenho na abertura de novos empregos formais no período de janeiro a junho deste ano, puxados pelos ciclos agrícolas e as atividades agropecuárias. No primeiro semestre deste ano houve abertura líquida de vagas de trabalho em São Paulo de 139.605 postos. Minas Gerais, nesse mesmo período, teve um saldo líquido positivo de empregos com carteira assinada de 80.446 ocupações.

Somente no mês de junho, as estatísticas do Ministério também revelam São Paulo e Minas Gerais na liderança da abertura de vagas formais, sob o ponto de vista geográfico. Minas Gerais registrou saldo líquido positivo de 45.596 vagas enquanto São Paulo registrou 27.602 postos de trabalho. As atividades agrícolas também incrementaram as contratações de Pernambuco no mês, com 9.790 novos empregos.



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