Abilio Diniz: Saiba quais são e como ficam os negócios da família

Empresário tinha fortuna estimada em US$ 2 bilhões e chefiava a Península Participações.

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Abilio Diniz: quais são e como ficam os negócios da família | Reprodução

Abilio Diniz, impulsionado pelo sucesso nos negócios, alcançou o status de um dos homens mais ricos do Brasil. Na classificação de bilionários da revista Forbes, ocupava a 31ª posição no país (1526º no mundo), acumulando uma fortuna estimada em US$ 2 bilhões.

Aos 87 anos, Abilio faleceu neste domingo (18) em São Paulo. O destino dos negócios da família será gerenciado pela holding de investimentos Península Participações.

Depois do êxito profissional na criação e desenvolvimento do Pão de Açúcar, a família Diniz criou a Península em 2006 para representar seus interesses em verticais de investimentos que compunham o patrimônio do empresário. Hoje, são cinco áreas:

  • Participação em empresas;
  • Investimentos de risco (venture capital);
  • Gestora de recursos financeiros (que cria fundos de investimentos); 
  • Gestora de patrimônio dos Diniz;
  • Instituto Península (de filantropia).

Entre os Diniz, estão dentro do conselho de administração da Península a viúva Geyze, a filha mais velha Ana Maria e o filho Pedro Paulo. Os demais herdeiros têm participação menor ou nenhuma no dia a dia dos negócios.

Sem Abilio, o presidente do conselho passa a ser Eduardo Rossi, que trabalhava diretamente com o empresário há mais de 10 anos. Isso posto, pouco deve mudar nos rumos do Península. A grande dúvida é quem ocupará, por exemplo, a cadeira do Península em conselhos de empresas investidas pela holding. Abilio era membro do conselho de administração tanto do Carrefour Brasil como da matriz, na França.

O Carrefour é a participação em empresa mais relevante do Península. A holding tem mais de 8% da fatia global da empresa, sendo a segunda maior acionista. Estão na carteira também o e-commerce e vinhos Wine, a Oncoclínicas e a Padaria Benjamin.

A gestora de recursos é a O3 Capital, que trabalhava inicialmente com uma carteira de investimento para os Diniz, mas abriu a possibilidade de investimento ao público geral em 2021.

A última empreitada de Abilio foi a Altitude, uma gestora de venture capital lançada no ano passado, que usa recursos da família para investimentos em startups.

Já no braço de filantropia, o Instituto Península faz investimentos na área de educação, com a formação de professores, e esportes, uma paixão do empresário. Dentro deste braço, está o Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo (NAR-SP), que promove a preparação de atletas de alto rendimento, inclusive olímpicos.

Os filhos de Abilio Diniz também tocam negócios e iniciativas próprias. Os mais marcantes são a Rizoma Agor e a Fazenda da Toca, empreendimentos de Pedro Paulo Diniz. O ex-piloto de Fórmula 1 mergulhou na produção e pesquisa agrícola com práticas sustentáveis.

Apoiada pelas pesquisas da Rizoma, a Fazenda da Toca, em Itirapina (SP), tornou-se a maior produtora de ovos orgânicos da América Latina. Além de ovos, a fazenda de 2,3 mil hectares ainda produz leite e milho (também orgânicos). É definida como "um polo de produção de orgânicos em larga escala".

A propriedade já era da família Diniz, mas ganhou essa funcionalidade por meio de Pedro Paulo, em 2009. "A Fazenda realiza constantemente cursos, visitas e vivências com o objetivo de compartilhar seus aprendizados na produção orgânica e engajar cada vez mais pessoas em práticas produtivas que ajudem a regenerar o nosso planeta", diz a apresentação do local.

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