Alimentação e transporte puxam inflação para baixo em fevereiro

Os grupos alimentação e transporte são os dois de maior peso no IPCA.

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Válida desde janeiro deste ano, a nova ponderação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ajudou a segurar a inflação em fevereiro, que registrou a menor taxa para o mês desde 2007. É que o grupo educação, fonte sazonal de pressão nessa época do ano, perdeu peso na nova estrutura do índice, o que reduziu o impacto da alta de 5,62% em fevereiro.

Também ajudou a deflação do grupo transportes (0,33%), cuja queda foi motiva pela redução dos preços da gasolina (0,40%), do álcool (2,87%) e das passagens aéreas (8,84%). Outro fator de alívio foi a alta mais branda dos alimentos, cuja variação cedeu de 0,86% para 0,19%.

Os grupos alimentação e transporte são os dois de maior peso no IPCA, índice que replica em sua estrutura de ponderação as despesas das famílias de renda de 1 a 40 salários mínimos.

"A pressão de educação não foi suficiente para aumentar a taxa do mês de fevereiro neste ano. Já, em sentido contrário, alimentos e transporte desaceleram, que são duas importantes despesas nos orçamentos das famílias", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A coordenadora disse que neste ano os alimentos sobem com menos força e fazem os índices dos primeiros meses do ano aumentarem menos em 2012. Nos dois primeiros meses de 2011, a alta do índice ficou na faixa de 0,80%.

Apesar do menor fôlego da inflação em fevereiro, alguns focos de aumentos persistiram. É o caso das altas de remédios (0,57%), empregado doméstico (1,78%) e aluguel (1,19%).

Diante do efeito benéfico da nova ponderação do IPCA e do menor crescimento da economia mundial (que leva à freada da alta das commodities), analistas esperam uma inflação menor em 2012, na faixa de 5,5%. O IPCA fechou 2011 em 6,50%. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, a taxa acumula alta de 5,84% --já sinalizando uma desaceleração.

Para Nunes dos Santos, ainda é cedo para falar em deflação de commodities decorrente de um ritmo menor da economia global e o consequente impacto nos preços dos alimentos no país. A coordenadora reconhece, porém, que a menor alta desses itens (trigo, milho, soja etc) reduziu a pressão dos alimentos neste ano, grupo que resultou na alta do IPCA em janeiro e fevereiro de 2011.



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